Salvador bate recorde de arrecadação após acordo que extinguiu 118 mil processos tributários

Salvador bate recorde de arrecadação após acordo que extinguiu 118 mil processos tributários

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Lucas Moura/Secom

Publicado em 21/02/2025 às 19:09 / Leia em 2 minutos

Um acordo entre a Prefeitura de Salvador e o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), firmado em dezembro de 2023, já resultou na extinção de mais de 118 mil processos de execução fiscal.

A iniciativa, que priorizou o encerramento de ações de pequeno valor e contra empresas inativas, permitiu um foco maior na cobrança de grandes devedores e contribuiu para o maior volume de arrecadação da Dívida Ativa da história da cidade.

Em 2024, Salvador arrecadou R$ 404 milhões, um aumento de 88% em relação ao ano anterior. Além disso, o TJ-BA reduziu significativamente o número de processos e pôde direcionar esforços para execuções com maior chance de recuperação.

A medida fez parte de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), envolvendo também o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Com o sucesso do modelo, nove municípios baianos aderiram à iniciativa, incluindo Feira de Santana, Camaçari e Vitória da Conquista.

Foto: Lucas Moura/Secom

Foto: Lucas Moura/Secom

No total, desde janeiro de 2023, 270 mil processos foram extintos, reduzindo em quase 60% o volume de ações tributárias em Salvador. “Se o próprio Judiciário reconhece que não consegue processar todas as execuções fiscais, não podemos perder tempo com aquelas de pouco resultado prático”, afirmou o procurador-geral do município, Eduardo Vaz Porto.

Além de aliviar o Judiciário, o acordo beneficiou pequenos contribuintes, que ficaram livres de execuções fiscais de baixo valor, e permitiu que a Prefeitura destinasse mais recursos para saúde, educação e assistência social.

A desembargadora Maria de Lourdes Medauar, do TJ-BA, destacou a importância da medida para a modernização da gestão processual e arrecadatória, afirmando que o modelo deve ser aprimorado e expandido.

“Permitiu maior celeridade na tramitação de demandas judiciais, além de otimizar o trabalho das procuradorias, que passaram a concentrar esforços em execuções com maior probabilidade de êxito. Dessa forma, a ação contribuiu diretamente para a melhoria da resolutividade do Tribunal”, comentou.

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