Lula assina decreto que fortalece ação da Funai na proteção de terras indígenas; saiba o que muda

Lula assina decreto que fortalece ação da Funai na proteção de terras indígenas; saiba o que muda

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Divulgação/Mário Vilela/Funai

Publicado em 03/02/2025 às 17:25 / Leia em 3 minutos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta sexta-feira (31), um decreto que regulamenta o poder de polícia da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Com a nova medida, a Funai ganha mais autonomia para fiscalizar e proteger os territórios indígenas, podendo atuar diretamente contra invasões e crimes ambientais.

A regulamentação estabelece regras para prevenir ocupações ilegais, proteger o patrimônio cultural indígena e garantir o usufruto exclusivo das riquezas naturais por esses povos. Além disso, detalha as sanções para infratores e o suporte das forças de segurança na execução das medidas.

O que muda com o novo decreto?

A principal mudança é que a Funai poderá agir de forma mais direta para impedir e punir infrações em terras indígenas. Isso inclui interditar acessos, retirar invasores e aplicar penalidades a quem desrespeitar as normas de proteção.

Entre as infrações passíveis de punição estão:

  • Entrada não autorizada de pessoas em territórios protegidos;
  • Construção e exploração econômica ilegal nas áreas indígenas;
  • Uso indevido da imagem de indígenas para fins comerciais;
  • Danificação de placas e marcos delimitadores de terras indígenas;
  • Expulsão forçada de comunidades indígenas de seus territórios.

O decreto também determina que os responsáveis por essas infrações sejam penalizados e obrigados a reparar os danos causados.

Novos poderes da Funai

Com a regulamentação do poder de polícia, a Funai poderá adotar medidas imediatas para proteger os territórios indígenas. Entre as principais ações, destacam-se:

Interdição de áreas: o órgão poderá restringir o acesso de terceiros a terras indígenas por tempo determinado;

Retirada de invasores: se os ocupantes ilegais não saírem voluntariamente, a Funai poderá determinar sua remoção compulsória;

Advertências e notificações: infratores poderão ser notificados previamente e orientados a cessar suas atividades ilegais;

Apreensão de equipamentos: ferramentas e materiais usados para exploração ilegal poderão ser confiscados;

Pedido de apoio policial e militar: a Funai poderá contar com a Polícia Federal, as Forças Armadas e outras forças de segurança para garantir a proteção dos territórios.

O decreto também fortalece o papel da Funai como órgão central na fiscalização e defesa dos direitos indígenas. O órgão deverá produzir relatórios detalhados e encaminhar denúncias às autoridades competentes para que medidas administrativas e judiciais sejam tomadas contra infratores.

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