Em sua 50ª edição, Festival de Música Negra do Ilê Aiyê elege canções para repertório do Carnaval; confira

Em sua 50ª edição, Festival de Música Negra do Ilê Aiyê elege canções para repertório do Carnaval; confira

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Divulgação

Publicado em 27/01/2025 às 16:29 / Leia em 3 minutos

A Senzala do Barro Preto, no Curuzu, se transformou em um verdadeiro palco de celebração à cultura afro e ao orgulho negro neste domingo (26), durante o 50º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê. No evento, foram escolhidas as composições vencedoras das categorias “Tema” e “Poesia”, que passam a integrar o repertório da Band’Aiyê em 2025.

Ao todo, a comissão julgadora avaliou 18 composições selecionadas para a final, sendo 10 canções concorrentes na categoria “Poesia” e oito na categoria “Tema”. As campeãs da categoria “Tema” foram “Harambee Ilê”, dos compositores Sid Mancini, Wostinho Nascimento, Fidel Cobra e Cristiano Damásio; “O Nome da Fera”, de autoria de Marco Poca Olho; e “Ilê Kenya Watu Weusi”, de Shirlei Kaiala. Já na categoria “Poesia”, as canções vencedoras foram “Bamburucema no Ilê”, de Juninho Magaiver e Rosselini Leite; “O Mundo Negro é o Meu Lugar”, de Silvio Almeida, Jamoliva e Marcos Natividade; e “Ilê nas Águas de Oxum”, de Marito Lima. Os três primeiros colocados de cada categoria foram premiados com o Troféu Pássaro Preto, duas fantasias do bloco para desfilar no próximo Carnaval e premiação em dinheiro.

“A gente já vem construindo essa música desde o Rio de Janeiro. Eu sou carioca, ele é daqui de Salvador, mas ele já é multicampeão, já ganhou mais de 10 títulos, e a gente está sendo tetracampeões hoje”, disse Rosselini Leite, um dos autores da canção “Bamburucema no Ilê”. Ele destacou ainda a importância do prêmio: “É representar esse globo que é muito importante na vida do povo. O povo preto é muito importante. É uma responsabilidade imensa, mas nós estamos aqui pra isso: pra lutar pelo povo preto com a nossa música“.

Já Sid Mancini, um dos compositores da canção “Harambee”, falou sobre o significado da premiação e sobre a expectativa de ouvir a composição na avenida durante o Carnaval: “A nossa satisfação é entender que a gente está com uma visão ligada ao processo de reafricanização, e estamos levando a mensagem de empoderamento ao nosso povo preto, que tanto merece. É um sonho a ser realizado lá na avenida, ver o coral do povo preto”, pontuou.

Durante a premiação, a animação do público presente na Senzala do Barro Preto ficou por conta dos shows da anfitriã Band’Aiyê e da banda convidada Filhos de Jorge, que soma sucessos que ganharam o Brasil e o mundo.

Ao todo, mais de 150 canções foram inscritas nesta 50ª edição do Festival, sendo 18 selecionadas para a etapa final da premiação. Os candidatos que inscreveram suas produções musicais na categoria “Tema” inspiraram-se no tema do Carnaval 2025 do Ilê Aiyê: “Kenya: Berço da Humanidade”. 

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