Ranking mostra as rotas aéreas mais turbulentas do mundo; América do Sul é destaque

Ranking mostra as rotas aéreas mais turbulentas do mundo; América do Sul é destaque

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Divulgação/Latam

Publicado em 16/01/2025 às 10:55 / Leia em 3 minutos

Ficar preso em um voo turbulento é o pesadelo de muitos viajantes. Algumas rotas, no entanto, têm mais chances de enfrentar esse desafio devido a condições atmosféricas específicas. Um novo estudo da Turbli, plataforma especializada em medir turbulência, destacou as dez rotas aéreas mais turbulentas do mundo, e cinco delas envolvem cidades argentinas.

As rotas mais turbulentas do planeta

Pelo quarto ano consecutivo, o ranking da Turbli analisou cerca de 10 mil rotas conectando mais de 550 aeroportos globais. Utilizando dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) e do Escritório Meteorológico do Reino Unido, o estudo empregou ferramentas de Big Data para calcular a intensidade média de turbulência em 20 voos mensais para cada trajeto avaliado.

A análise baseia-se no índice de dissipação de vórtices (EDR), que classifica a turbulência em cinco níveis:

  • Leve (0-20)
  • Moderada (20-40)
  • Forte (40-60)
  • Severa (60-80)
  • Extrema (80-100)

Além disso, o levantamento considera fatores sazonais, como correntes de jato, ventos de alta intensidade e variações climáticas.

Os líderes do ranking

Em 2024, a rota aérea mais turbulenta do mundo é a que conecta Mendoza, na Argentina, a Santiago, no Chile. Apesar de ser um trajeto curto, de apenas 196 km, a rota atravessa a Cordilheira dos Andes em uma das áreas mais altas da fronteira natural entre os dois países. A pontuação média de turbulência foi 24.684, devido às condições extremas da região montanhosa.

Em segundo lugar, aparece o voo entre Córdoba (Argentina) e Santiago, com 20.214 pontos. Esse trajeto de 660 km também cruza os Andes, enfrentando desafios similares.

O terceiro lugar ficou com a rota doméstica argentina entre Mendoza e Salta, que registrou 19.825 pontos. Apesar de não cruzar diretamente os Andes, o trajeto é impactado por fortes ventos oriundos da cordilheira.

Outras rotas notáveis incluem:

  • 4º lugar: Mendoza para San Carlos de Bariloche, na Patagônia argentina, com 19.252 pontos.
  • 5º lugar: Katmandu (Nepal) para Lhasa (Tibete), sobrevoando o Himalaia e o Everest, que registrou 18.817 pontos.

Ainda no Top 10, a rota entre Bariloche e Santiago obteve a décima posição, com 18.475 pontos, reforçando o protagonismo das cidades argentinas em regiões sujeitas a intensas turbulências.

Por que essas rotas são tão turbulentas?

Os fatores geográficos desempenham papel crucial: montanhas elevadas, como os Andes e o Himalaia, criam ventos irregulares e correntes ascendentes que intensificam a instabilidade durante os voos. Além disso, mudanças climáticas e variações sazonais também influenciam a gravidade das turbulências.

Top 10

  1. Mendoza (MDZ) – Santiago (SCL) – 24.684
  2. Córdoba (COR) – Santiago (SCL) – 20.214
  3. Mendoza (MDZ) – Salta (SLA) – 19.825
  4. Mendoza (MDZ) – San Carlos de Bariloche (BRC) – 19.252
  5. Katmandú (KTM) – Lhasa (LXA) – 18.817
  6. Chengdu (CTU) – Lhasa (LXA) – 18.644
  7. Santa Cruz (VVI) – Santiago (SCL) – 18.598
  8. Katmandú (KTM) – Paro (PBH) – 18.563
  9. Chengdu (CTU) – Xining (XNN) – 18.482
  10. San Carlos de Bariloche (BRC) – Santiago (SCL) – 18.475

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