Estudantes da Bahia desenvolvem goma comestível para auxiliar no tratamento de inflamações intestinais

Estudantes da Bahia desenvolvem goma comestível para auxiliar no tratamento de inflamações intestinais

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Ascom / Secti

Publicado em 10/12/2024 às 09:33 / Leia em 2 minutos

Com o objetivo de auxiliar no tratamento de inflamações intestinais, os estudantes Jackelline Santos, Jhonata Santos e Ryan Saymon, do Colégio Estadual Duque de Caxias, em Barreiras, desenvolveram uma goma comestível à base de extratos de ipê-roxo, maracujá e umburana de cheiro. De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, as doenças inflamatórias intestinais  têm impactado uma parcela significativa da população brasileira. Ao todo, são estimados cerca de 100 casos para cada 100 mil habitantes atendidos no Sistema Único de Saúde. Nos últimos oito anos, a ocorrência dessas patologias no país aumentou 233%. 

Segundo o grupo de jovens baianos, a ideia de produzir a goma comestível nasceu com o intuito de criar um projeto para a feira de ciências da escola, utilizando plantas presentes nos biomas da Bahia. “A escolha de plantas nativas como o Ipê Roxo, Maracujá e Amburana não apenas aproveita seus benefícios terapêuticos, mas também promove práticas de cultivo sustentável e conservação da biodiversidade. Isso é crucial em um momento em que a preservação do meio ambiente é uma preocupação global crescente”, afirma Jackelline.

Para Jhonata, a goma representa uma nova abordagem para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas. “Os componentes possuem propriedades medicinais, como ação anti-inflamatória e antioxidante. Um dos maiores benefícios é a praticidade de ter uma goma comestível funcional em casa, sabendo exatamente quais ingredientes estão presentes em um medicamento 100% natural. Além disso, o produto pode abrir caminho para o desenvolvimento de soluções farmacêuticas baseadas em plantas, que são não apenas mais acessíveis, mas também mais sustentáveis“, explica.

O estudante Ryan destaca ainda que “a goma foi testada em duas famílias, e os resultados indicaram alívio rápido, com duração entre 10 e 15 minutos. Nosso plano é desenvolver ainda mais o projeto. Não pretendemos vendê-lo, mas torná-lo acessível para que todos possam reproduzir a goma comestível em casa”, explica.

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