A mágoa do torcedor do Bahia está presente, é inegável. Mas, quem ama, não abandona jamais. Quando o sol brilhar neste domingo (8), o pensamento será um só para quem sente orgulho de vestir azul, vermelho e branco: vale vaga na Copa Libertadores da América depois de 35 anos de espera.
Na Fonte Nova, sua tradicional casa, o tricolor encara o Atlético Goianiense, a partir das 16h, para sacramentar uma retomada histórica no futebol brasileiro. Quem viveu sabe. Quem não viveu também sentiu.
Foram anos entre as Séries B e C, a perda de sete irmãos tricolores no trágico 25 de novembro de 2007, gestões temerárias, campanhas sofríveis na elite nacional, sempre na luta contra o rebaixamento. Em comum, apenas um fato: a torcida sempre esteve lá.
Não é pelo Grupo City, Rogério Ceni ou pelo elenco de jogadores. É simplesmente pelo Esporte Clube Bahia, uma paixão que vem de criança e ajudou a formar até mesmo caráter. É por quem deixa de comprar algo em casa para garantir um ingresso. Ou por quem junta dinheiro por meses na tentativa de ter uma camisa oficial.
O ano poderia ser melhor, os títulos ficaram pelo caminho, porém, a oportunidade de voltar a figurar entre os melhores times da América não pode ser desperdiçada. Afinal, imagina só como será especial ver o primeiro representante do Brasil na Libertadores mais uma vez. Vai ser lindo.
A estreia em 1960, o retorno em 1964, o gostinho de que dava para mais em 1989. Gerações e gerações que se passaram sem sentir o orgulho de brilhar pelo continente. Chegou a hora, não dá mais para adiar esse sonho.
Se ainda resta alguma raiva, torcedor, guarde ela por 90 minutos. É hora de mandar energia positiva para depois festejar. Não custa nada lembrar: é pelo Esporte Clube Bahia, apenas por ele.
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