Val Benvindo tem se consolidado, cada vez mais, com uma Public Relations (PR) de grande relevância. Depois do sucesso como celebrante da mais recente temporada de “Casamento às Cegas”, reality show produzido pela Netflix, a jornalista e influenciadora baiana permanece nos holofotes, tanto em âmbito local quanto nacional, ao integrar projetos robustos como o Prêmio Potências, que acontece nesta terça-feira (5), em São Paulo. A comunicadora ainda arranja fôlego para apresentar um quadro no programa Band Mulher.
Val é a responsável por assinar a lista de convidados do evento que, há quatro anos, reconhece o trabalho de profissionais negros no entretenimento, esporte e mercado publicitário. Sob o tema “Favela”, a edição de 2024 promete e deve ser memorável com a participação ilustre da cantora norte-americana Erykah Badu e da brasileira Ludmilla.
Ela também esteve à frente do PR da edição de estreia do Treinão Chapadinhas de Endorfina na capital baiana, ocorrido no último sábado (2), e, no ano passado, trabalhou na organização da pré-estreia do filme “Renaissance: A Film by Beyoncé” em Salvador, evento que parou a cidade com a visita repentina e inesperada da diva.
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“É sobretudo uma honra estar envolvida em projetos grandiosos com nomes internacionais. Mas eu também valorizo demais as participações nacionais, sobretudo soteropolitanas nos eventos em que eu participo. Eu fiquei muito emocionada quando eu conheci Beyoncé, mas eu também fiquei muito emocionada quando a gente conseguiu fechar, para o AFROPUNK, um show de Silvano Salles, sabe?,” pondera Val Benvindo em conversa com o Alô Alô Bahia.
Ela emenda: “Acho que cada um mexe com as pessoas através de sua música, dos seus jeitos. Eles não são extremos, são correlacionados, são artistas pretos fazendo arte preta“. Val lidera a parte de relacionamentos do AFROPUNK Brasil, que acontece neste final de semana, 9 e 10 de novembro, no Parque de Exposições de Salvador. O festival reunirá grandes nomes da música baiana, como Silvanno Salles, Léo Santana, Ilê Aiyê e Virgínia Rodrigues, além de atrações internacionais como Erykah Badu e Lianne La Havas.
Val faz questão de frisar que ser chamada para trabalhos que não aludem exclusivamente às questões raciais, como o “Casamento às Cegas”, é igualmente revolucionário. “Ter a presença de um corpo preto naquele espaço, falando de amor, de matrimônio… Uma coisa que sempre nos foi tão negada. Eu que acredito na força do invisível, acho que tudo foi pré-destinado para acontecer durante esse processo de cinquentenário do Ilê [Aiyê] e do pós-centenário de minha avó. É uma resposta que nossos antepassados precisavam“, reflete ela.
Para quem não sabe, Val é neta de Mãe Hilda Jitolú, cria do Curuzu e, portanto, uma das herdeiras do primeiro bloco afro do Brasil. Na última sexta-feira (1º), foi uma das apresentadoras da festa de meio século de vida do Ilê Aiyê, em uma noite que celebrou a resistência cultural, artística e musical do Mais Belo dos Belos. O show lotou a Concha Acústica do Teatro Castro Alves e contou com Daniela Mercury, BaianaSystem, Carlinhos Brown, Orquestra Afrosinfônica e Beto Jamaica como convidados.
“O Ilê, de fato, me deu régua e compasso. É da onde eu saí, é para onde eu sempre retorno, mesmo não tendo hoje uma relação profissional diária como antigamente. O Ilê é o meu norteador para muita coisa, para eu entender o que eu quero e o que eu não quero na minha vida”, define Val, que agradece por ela e pelas pessoas que criaram o bloco estarem vivas para testemunhar o marco histórico. “Estamos falando de uma parcela da população que a expectativa de vida não é tão alta”, evidencia a PR.
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“Poder ver a direção do Ilê, ali com seus 60, 70 e até mais 80 anos, que mudou a vida do povo preto nesse país, estar tão perto, saber que eles são responsáveis pela minha formação e que estou aqui ajudando a formar outras pessoas, fazendo essa roda girar, e vendo o meu trabalho reverberando e extrapolando as fronteiras da Bahia, é muito legal”, avalia Val Benvindo.