Isabel Veloso chega à metade da gestação com longo relato: ‘Sonho e desejo estavam sendo dilacerados’

Isabel Veloso chega à metade da gestação com longo relato: ‘Sonho e desejo estavam sendo dilacerados’

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia, com informações da QUEM

Reprodução

Publicado em 31/10/2024 às 12:59 / Leia em 3 minutos

Isabel Veloso, de 18 anos, chegou à metade de sua primeira gestação e compartilhou um longo relato em suas redes sociais nesta quinta-feira (31). No texto, a jovem fala sobre o sonho da amamentação e o seu novo quadro de saúde. Mamãe de Arthur está em acompanhamento paliativo frente ao Linfoma de Hodgkins.

“Quando descobri que iria me tornar mãe, lembro de me ajoelhar e agradecer infinitamente a Deus por esse privilégio magnífico de gerar uma vida. Ao mesmo tempo, me recordo que senti medo; mas não do futuro, senti medo de não ser uma boa mãe. No mesmo instante que descobri minha nova identidade, estava tendo também uma cobrança de mim mesma”, iniciou o relato.

“Durante todo o processo da gestação, descobri diversas coisas maravilhosas, e um deles foi a amamentação. Desde que engravidei muitas pessoas me colocaram medo e receio na amamentação, falando que era ruim, que foi a pior experiência… Mas eu olhei pra esse ato de amor e me encantei, e busquei diversas possibilidades para que eu conseguisse amamentar e viver esse processo”, continuou.

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“Tive meu novo quadro de saúde e me desesperei quando ouvi que não poderia amamentar devido ao tratamento. Um sonho e um desejo estavam sendo dilacerados pra mim, e a culpa veio. Lembro que me senti ‘menos mãe’ por falarem que eu não poderia amamentar, e percebo o quanto outras mães também sentem isso. A Taty fez o possível e impossível pra buscar estudos e informações que continham sobre a amamentação durante minha quimioterapia, e nessa altura eu descobri que poderia, sim, amamentar”, explicou.

“Foi um momento onde eu só sabia chorar e agradecer a Deus por ter buscado informação, e por me dar esse privilégio. Parece uma coisa tão boba, mas que se eu não tivesse procurado ajuda, ficaria pra trás um desejo tão profundo e de conexão com meu bebê. Eu busquei uma consultora de amamentação, que realmente me ajudasse nessa etapa e aceitasse o desafio de me guiar nessa jornada tão árdua junto a um tratamento. E não tenho arrependimento de nada”, continuou.

“Chamei a Taty e disse a ela que gostaria de ajudar outras mães com o mesmo desejo que o meu, que independente da luta, gostariam de amamentar se for possível. Eu fiquei tão feliz por conseguir ajudar e mostrar que no final, tudo pode ser possível, e que nosso maior milagre pode ser realidade”, finalizou.

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