Uma nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), revelou que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu para 51%. Enquanto isso, a desaprovação subiu para 45%, enquanto 4% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.
No levantamento anterior, realizado em julho, a aprovação atingia 54%, o maior índice registrado em 2024. Na mesma pesquisa, a desaprovação era de 43%.
A sondagem, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2 mil brasileiros entre os dias 25 e 29 de setembro, com margem de erro de dois pontos percentuais.
No cenário geral, 32% dos entrevistados classificam a gestão de Lula como positiva, 33% a consideram regular, e 21% a avaliam como negativa.
Queda entre diferentes grupos
A pesquisa identificou recuos na aprovação do governo em vários grupos demográficos. Entre adultos de 35 a 69 anos, a aprovação caiu de 56% para 51%. Entre eleitores com 60 anos ou mais, o índice despencou de 59% para 49%. Já entre aqueles com nível superior, a queda foi ainda mais acentuada, de 46% para 37%. Entre os que ganham até dois salários mínimos, o apoio caiu de 69% para 62%.
Regiões
O trabalho de Lula tem maior aprovação na região Nordeste, onde 69% dos eleitores aprovam o trabalho do presidente e 26% reprovam.
No Sudeste, a reprovação de Lula oscilou para cima e chegou a 53% (eram 48% na pesquisa anterior). Com isso,e voltou a ser maior que a aprovação, que oscilou para baixo e foi em a 45% (eram 48%).
O mesmo aconteceu no Centro-Oeste/Norte, onde a reprovação oscilou para cima chegou a 46% (eram 42%) e voltou empatar com a aprovação, que oscilou para baixo e chegou a 49% (eram 53%). A margem de erro neste segmento é de cinco pontos percentuais.
No Sul, a desaprovação de Lula é de 53% (eram 54%) e a aprovação, de 42% (eram 43%), mantendo o empate técnico entre os dois indicadores (a margem de erro é de seis pontos).
Comparação com o governo Bolsonaro
O levantamento também avaliou a percepção em relação à comparação entre o governo Lula e o de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Segundo a pesquisa, 38% consideram que o atual governo é melhor, uma queda expressiva em relação aos 51% registrados em julho. Já 33% dos entrevistados acreditam que a gestão Lula é pior, e 22% consideram ambos os governos iguais.
Economia
A pesquisa também analisou a percepção dos brasileiros sobre a economia. Para 41%, a situação econômica do país piorou, enquanto 33% acreditam que melhorou e 22% dizem que permaneceu igual.
A perda do poder de compra foi um dos principais pontos de insatisfação: 61% dos entrevistados afirmaram que seu poder de compra diminuiu em comparação ao ano passado. Em abril de 2023, esse índice era de 37%. Outros 19% acreditam que o poder de compra se manteve estável, enquanto 18% afirmam que ele aumentou.
O pessimismo em relação ao futuro econômico também aumentou: 36% dos entrevistados acreditam que a economia irá piorar nos próximos 12 meses, contra 27% na pesquisa anterior. Já os que esperam uma melhora somam 45%, uma queda em relação aos 52% de julho. O percentual dos que acreditam que a situação econômica continuará a mesma permaneceu estável em 18%.