O ano de 2024 tem sido de dupla celebração para Carlos Prazeres. Considerado um dos principais nomes da vanguarda da música clássica no Brasil, o maestro comemorou 50 anos de idade e completou três décadas de carreira. Junto com os marcos de tempo, vieram também conquistas e projetos. O carioca está atualmente à frente da turnê Belchior Sinfônico, que, após apresentação em Salvador, segue para Rio e Campinas, e já tem diversos projetos planejados para este ano para a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), da qual é regente titular desde 2011. Entre eles, um concerto com Chico César, no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, e a apresentação do balé clássico ‘O Quebra-Nozes’, de Tchaikovsky, que será realizado na íntegra em dezembro.
Seus projetos misturam linguagens artísticas, buscam um público diversificado e dialogam com a cultura, valores e tradições sociais. O maestro aposta em uma atuação musical que não impõe padrões estrangeiros e propõe uma troca com a sociedade, em vez de ‘buscar civilizá-la’. Prazeres recebeu, no ano passado, o Prêmio Profissionais do Ano de Melhor Conjunto Sinfônico do país, resultado do seu trabalho à frente da OSBA. O reconhecimento também foi concretizado pelo título de cidadão baiano e soteropolitano. Além das atividades na instituição, o carioca é diretor da Orquestra Sinfônica de Campinas, cargo que ocupa desde 2022, diretor artístico do festival Música em Trancoso e maestro do Prudential Concerts.
Ao longo dos anos, Prazeres tem compartilhado o palco com grandes nomes da música clássica e passou a desenvolver uma extensa atividade na MPB, acompanhando artistas como Gilberto Gil, João Bosco, Ivan Lins, Stanley Jordan, Milton Nascimento, Hamilton de Holanda, Yamandú Costa, entre outros. Como maestro convidado, tem dirigido importantes conjuntos sinfônicos, tais como a Orchestre National des Pays de la Loire e a Sinfônica de Roma.