Candidaturas religiosas crescem 225% em 24 anos; evangélicos são maioria esmagadora

Candidaturas religiosas crescem 225% em 24 anos; evangélicos são maioria esmagadora

Redação Alô Alô Bahia

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Maria Marques

Reprodução/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Publicado em 21/08/2024 às 12:19 / Leia em 2 minutos

Nos últimos 24 anos, o número de candidatos a vereador e prefeito que incorporam termos religiosos em seus nomes cresceu significativamente. Em 2000, havia 2.215 candidatos nessa categoria, enquanto em 2024 esse número aumentou para 7.206, representando um crescimento de 225%. Em contraste, o número total de candidatos subiu apenas 14% no mesmo período. A pesquisa, com dados exclusivos obtidos pela Agência Brasil, mostra que o ritmo de crescimento de candidaturas com viés religioso é 16 vezes maior que o de aumento do total de candidaturas nos pleitos locais.

Os termos mais frequentes usados por esses candidatos estão associados ao cristianismo, como “pastor” e “missionário”. Em 2024, mais de 90% das candidaturas com termos religiosos foram de candidatos evangélicos. Termos como “pai” e “mãe” (relacionados a religiões africanas) e “padre” (catolicismo) são utilizados em menor quantidade.

O aumento da participação de candidatos com identidades religiosas começou a ganhar força na década de 1990, impulsionado por igrejas evangélicas que encorajaram seus seguidores a se envolver na política. A Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, foi uma das pioneiras nesse movimento. Além disso, candidatos com uma identidade religiosa costumam ter um bom desempenho eleitoral.

Em 2020, nas capitais brasileiras analisadas, candidatos ligados à igreja conquistaram metade das vagas nas câmaras municipais, apesar de representarem apenas cerca de 10% das candidaturas. Isso indica que utilizar uma identidade religiosa pode ser uma estratégia eficaz para obter votos. Leia a análise completa aqui.

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