Mulher que se casou com sogro para herdar pensão do Exército tem condenação mantida no STM

Mulher que se casou com sogro para herdar pensão do Exército tem condenação mantida no STM

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia, com informações da CNN

Divulgação

Publicado em 15/08/2024 às 15:36 / Leia em 2 minutos

Uma mulher e seu ex-companheiro tiveram a manutenção da condenação por fraude contra o sistema de pensão do Exército Brasileiro pelo Superior Tribunal Militar (STM). Em 2011, a ré se casou em Recife com um ex-combatente da Força Expedicionária, de 89 anos.

O ex-combatente, no entanto, se tratava do sogro da acusada, que era 40 anos mais nova do que ele na época. Ele tinha Alzheimer e morreu poucos meses após o casamento, em dezembro de 2012. Os dois nunca tiveram uma relação matrimonial efetiva, e a ré deu entrada no requerimento de habilitação à pensão em 10 de janeiro de 2013.

Segundo o STM, assim que seu então marido faleceu, a mulher recebeu a pensão por quase dez anos, quando foi denunciada por uma das netas do ex-combatente, que alegou que a acusada havia armado o casamento para enganar o sistema de pensão e induzir o Exército Brasileiro ao erro.

Até outubro de 2021, ela recebeu mais de R$ 435 mil no total. O prejuízo foi de mais de R$ 919 mil aos cofres públicos, traduzidos em valores atuais.

Os réus viviam com o idoso, não sendo possível definir se ele tinha conhecimento do plano arquitetado pelo casal e se ele concordava com sua participação, ou se tudo passou de um engano, de acordo com o Ministério Público Militar.

Na Justiça Militar da União (JMU), a dupla foi processada e julgada na Auditoria Militar de Recife, onde o juiz federal da Justiça Militar considerou que os dois foram culpados pelo crime de estelionato. Eles foram condenados a cumprirem uma pena de três anos de prisão.

A defesa do casal recorreu da decisão junto ao Superior Tribunal Militar, em Brasília. Durante o julgamento de apelação, em maio deste ano, o ministro Artur Vidigal de Oliveira pediu vistas para melhor analisar o processo, o qual a Corte voltou a apreciar na última terça-feira (13). As informações são da CNN.

 

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