Músicos como Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia e Vinicius de Moraes, escritores como Jorge Amado e Zélia Gattai, artistas como Calasans Neto, Pierre Verger e Mário Cravo Júnior, esportistas como Pelé e Roberto Dinamite, políticos como Antônio Carlos Magalhães, Lula, Paulo Maluf e Getúlio Vargas… Todos frequentavam o mesmo endereço no bairro da Federação, em Salvador.
Ali, no Terreiro do Gantois, ou Ilê Iaomim Axé Iamassê, estava guardada uma senhora que, ao longo de sua vida, conquistou o respeito da mais alta sociedade baiana do século 20. Mãe Menininha acabou incorporando um peso sociopolítico tão robusto que transcendeu as fronteiras do Candomblé. Com o passar do tempo, autoridades políticas, artistas e até esportistas vinham a ela antes de tomar grandes decisões. Queriam seus conselhos, queriam sua proteção.
Iniciada no Candomblé ainda bebê, aos oito meses, Mãe Menininha liderou o terreiro por 64 anos, de 1922 até sua morte, de causas naturais, em 1986. Seu funeral, realizado neste mesmo dia, em 13 de agosto, foi marcado por uma das mais grandiosas e solenes procissões já vistas na Bahia, inclusive com a presença de líderes de outras religiões, o que veio a refletir a imensa importância que teve para todos. Viva Mãe Menininha do Gantois!
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