Na última sexta-feira (9), a Justiça de São Paulo acatou o pedido de recuperação extrajudicial da Tok&Stok, gigante varejista de artigos para o lar, que enfrenta uma dívida estimada em cerca de R$ 642 milhões. O processo não deve afetar clientes, funcionários e fornecedores.
A maior parte da dívida da empresa, que está sendo reestruturada, refere-se a débitos com bancos e outras instituições financeiras. Os credores da Tok&Stok que aprovaram o plano de recuperação extrajudicial – Bradesco, Santander, Domus e FS Investments – detêm 65% das dívidas da empresa.
O pedido de recuperação extrajudicial da Tok&Stok foi aceito no mesmo dia em que a Mobly, também do setor de móveis e decoração, anunciou um acordo para adquirir a totalidade da operação da Tok&Stok. Com a operação, a Mobly expandirá para 70 lojas físicas sob ambas as marcas, e a receita líquida anual conjunta alcançará R$ 1,6 bilhão.
Em comunicado, a Mobly afirmou que as duas empresas continuarão a operar de forma independente, mantendo suas marcas e posicionamentos de mercado, mas que juntas formarão um negócio mais robusto e gerarão mais valor para acionistas e demais partes interessadas.
A Tok&Stok vem enfrentando dificuldades financeiras desde o ano passado. No início de 2023, por exemplo, a empresa enfrentou uma ação de despejo em Minas Gerais por falta de pagamento de aluguel. Embora tenha quitado o débito de mais de R$ 2 milhões, a varejista teve que desocupar um shopping em Ribeirão Preto em junho de 2023 devido a um novo atraso no aluguel.
