Porta-bandeira do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris-2024, Isaquias Queiroz pode quebrar recorde nacional

Porta-bandeira do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris-2024, Isaquias Queiroz pode quebrar recorde nacional

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion

@timebrasil

Publicado em 26/07/2024 às 13:25 / Leia em 3 minutos

Porta-bandeira do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris-2024, a partir das 14h desta sexta-feira (26), ao lado da jogadora de rugby Raquel Kochhann, Isaquias Queiroz chegou na França podendo quebrar um recorde nacional.

O canoísta baiano, que já é o recordista de medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos, com três conquistadas na Rio-2016, pode se tornar o atleta com maior número de medalhas do Brasil em mais de 100 anos de participações.

Campeão olímpico de Tóquio, o atleta natural de Ubaitaba, no sul baiano, tem 4 medalhas e pode chegar ao número de 5, se igualando aos recordistas Robert Scheidt e Torben Grael, e até superá-los.

Em Paris, ele terá duas chances de pódio. É um dos favoritos na categoria C1 1000m da Canoagem de Velocidade, prova que ganhou recentemente na Copa do Mundo da Hungria, e pode levar mais uma, ao lado do também baiano Jacky Godmann, na categoria C2 500m.

Além dele, quem pode chegar ao mesmo patamar é Rebeca Andrade. A ginasta já tem duas medalhas olímpicas, e pode facilmente sair de Paris-2024 com pelo menos mais três e surpreender com mais.

Cidade das Canoas

Isaquias Queiroz nasceu em Ubaitaba, conhecida como “Cidade das Canoas”. O município foi onde o medalhista olímpico também se apaixonou pelo esporte, que surgiu de um meio de sobrevivência local. Separada dos municípios vizinhos pelo Rio de Contas, as canoas eram a forma de locomoção e de comércio.

Nos anos 1990, Jefferson Lacerda, morador local queria realizar o sonho de ir para as Olimpíadas. O baiano entrou para a seleção brasileira e foi convocado para os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, quando virou referência e inspiração.

Hoje, Ubaitaba é sede da Federação Baiana de Canoagem e da Associação Cacaueira de Canoagem e é considerada o principal celeiro de atletas da modalidade no Brasil. A atividade se popularizou ainda mais na região com as medalhas de Isaquias e com a possibilidade do Bolsa Atleta, programa que beneficia atletas de alto rendimento em competições nacionais e internacionais.

Além de Ubaitaba, existem centros de treinamento do Governo do Estado em Itacaré, Ubatã, Camamu e Itajuípe, todos eles municípios próximos. A primeira das quatro cidades foi onde nasceu outros três baianos que disputam provas em Paris: Jacky Godman, que participou dos Jogos de Tóquio; Valdenice Conceição, a primeira atleta da história a conquistar uma vaga olímpica para o Brasil na canoagem feminina; e Mateus Nunes, de apenas 18 anos, o canoísta mais jovem do time Brasil.

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