Os alunos Keisla Fabian Silva, 17 anos, Jonatas Silva Lima, 18 anos, Sarah Moura Cruz, 17 anos, e Isabel Silva Oliveira, 18 anos, desenvolveram o produto a partir da polpa do tamarindo – uma fruta muito comum no nordeste brasileiro, causando a fermentação e destilação do álcool presente e desenvolvendo uma solução hidroalcoólica. O material ainda passa pela destilação, em que o líquido resultante, denominado mosto fermentado, passa por um processo para separar o álcool – etanol – do resíduo líquido que não foi fermentado.
Para a estudante Keisla Silva, a participação em projetos voltados para a Ciência é uma oportunidade única de criar algo que proporcione bem-estar para a comunidade e tenha reflexo direto no dia a dia das pessoas, como a utilização do tamarindo como fonte de energia limpa. “Estou animada para apresentar nosso projeto na Fecitec Girasoles, no Paraguai. Este projeto mostrou que podemos fazer a diferença, mesmo numa cidade pequena. Espero inspirar outros alunos a se envolverem em projetos científicos”, conta.
“A Educação, a partir da iniciação científica, numa escola do interior da Bahia, promove uma verdadeira transformação na vida de toda a comunidade. Os alunos, protagonistas dessa mudança, passam a se sentir cada vez mais engajados e incentivados a desenvolverem outros projetos”, ressalta a professora orientadora do grupo, Pachiele da Silva. Ela destaca também a importância da inclusão de projetos científicos dentro da escola para o desenvolvimento do pensamento crítico e consciente acerca da sustentabilidade.
O próximo passo, agora, será o de fazer o comparativo do produto para testar a questão da qualidade. A expectativa dos alunos é iniciar a comercialização do biocombustível, oferecendo ao mercado uma solução renovável e de baixo valor. A indústria de biocombustível teve um investimento mundial de cerca de US$ 12 bilhões nos anos de 2021 e 2022, o maior já identificado pela Agência Internacional de Energias Renováveis.