Sócio-fundador do Iate Clube de Brasília, o baiano Álvaro Sampaio faleceu nesta terça-feira (9), na capital federal, aos 90 anos. O soteropolitano foi pioneiro entre os velejadores do Lago Paranoá e é apontado por alguns como responsável por introduzir a prática em Brasília, sendo dele o título de campeão da primeira regata da associação recreativa. Ele faleceu durante o sono, vítima de uma parada cardíaca.
O velejador era o último remanescente da primeira diretoria do Iate Clube, de quem recebeu homenagens. “Foi uma figura central na criação do Clube, desde a elaboração do seu primeiro estatuto até sua participação ativa no seu desenvolvimento ao longo dos anos. Nos despedimos com tristeza, mas seu legado perdura”.
Em Brasília, o velejador foi também assessor parlamentar, função que começou a executar no Rio de Janeiro. Neste contexto, ele participou da mudança da capital federal do Sudeste para o Centro-Oeste. Ao chegar no Cerrado, se deparou com o Lago Paranoá, que enxergou como uma oportunidade. Lá, poderia ser estabelecido o Iate Clube como uma sala de visitas para quem chegasse à cidade.
Sampaio se orgulhava de ter redigido o estatuto do Clube na data de sua inauguração, em 5 de abril de 1960. “Ele era o homem mais trabalhador, dedicado, honesto e íntegro que eu conheci. O Iate era seu filho, sua vida. Ele cuidava de tudo com atenção, desde a limpeza dos banheiros até o estatuto. Ele amava participar de tudo”, contou a neta Patrícia Sampaio, ao jornal Correio Braziliense.
Ao longo dos anos, o baiano testemunhou o desenvolvimento do local, considerado um dos principais centros de formação de velejadores de alto nível no Brasil, formando ou recebendo atletas de nível mundial.
Sampaio deixa o filho Álvaro Martins Sampaio Neto e os netos Álvaro Alberto Sampaio, Anderson Sampaio, Leandro Sampaio, João Victor Marques Sampaio, Patrícia Sampaio, além de sete bisnetos.