Apesar de menos populosa, a Bahia superou São Paulo e Minas Gerais e é o 9º estado brasileiro onde se mais furta energia, através do famoso “gato”, com 14,2% do total fornecido. Como se não fosse suficiente, nos quatro primeiros meses de 2024, a Neoenergia Coelba registrou 321 ocorrências de furtos de cabos, impactando diretamente mais de oito mil pessoas.
Nacionalmente, o volume de energia elétrica furtada foi recorde em 2023, ultrapassando a geração da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, a segunda maior do País, segundo dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No ano passado, o equivalente a 16,9% da energia efetivamente fornecida e faturada no país foi furtado.
O cenário dos “gatos” impacta diretamente nas contas de luz dos consumidores, já que resulta numa tarifa mais alta, mas, todo ano, a Aneel analisa os processos de revisão tarifária das empresas e, caso a perda real seja superior à meta daquele ano, a distribuidora fica proibida de repassar todos os custos com os “gatos” para os
consumidores.
Crime
O furto de energia é crime previsto no Artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa. Além do processo criminal, o praticante do crime terá de arcar, conforme regra da Resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com o custo administrativo e com a cobrança de toda energia não faturada durante o período em que a irregularidade foi praticada.
Confira o Ranking dos estados que mais tiveram furto de energia no país:
> 01º – Amazonas: 117,8%
> 02º – Amapá: 67,4%
> 03º – Rio De Janeiro: 62%
> 04º – Pará: 33,5%
> 05º – Rondônia: 28,7 %
> 06º – Pernambuco: 22,2%
> 07º – Alagoas: 17,2%
> 08º – Ceará: 15,6%
> 09º – Bahia: 14,2%
> 10º – Espírito Santo: 14,1%
> 11º – Mato Grosso: 14%
> 12º – Maranhão: 11,9%
> 13º – Roraima: 11,5%
> 14º – Distrito Federal: 11,3%
> 15º – Piauí: 11%
> 16º – São Paulo: 10,9%
> 17º – Acre: 9,2%
> 18º – Rio Grande Do Sul: 8,9%
> 19º – Mato Grosso Do Sul: 8,8%
> 20º – Santa Catarina: 7,7 %
> 21º – Paraíba: 7,4 %
> 22º – Minas Gerais: 7%
> 23º – Goiás: 6%
> 24º – Paraná: 5,6%
> 25º – Sergipe: 4,4%
> 26º – Rio Grande Do Norte: 3%
> 27º – Tocantins: 2,7 %