Morre a economista Maria da Conceição Tavares

Morre a economista Maria da Conceição Tavares

Redação Alô Alô Bahia

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Antonio Dilson Neto

Reprodução/Léo Pinheiro

Publicado em 08/06/2024 às 12:14 / Leia em 2 minutos

Morreu, neste sábado (8), aos 94 anos, a economista Maria da Conceição Tavares. Referência do pensamento desenvolvimentista no país, sem papas na língua, a portuguesa de nascimento e brasileira de coração, formou uma geração de economistas no país que têm decidido o destino econômico do Brasil nas últimas décadas.

Ela morreu em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e deixa dois filhos, Laura e Bruno, dois netos, Ivan e Leon e o bisneto Théo. A família não divulgou a causa da morte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte e celebrou o privilégio de “Conviver e debater o Brasil” com a amiga.

A intelectual foi professora e deputada federal pelo Partido do Trabalhadores (PT). Sua morte foi confirmada pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC), que lamentou nas redes sociais.

“Com muita tristeza recebi a notícia do falecimento da economista Maria Conceição Tavares, que teve um papel central no debate econômico ao longo das últimas décadas”, escreveu o parlamentar.

Nos últimos tempos, Maria da Conceição viralizou nas redes sociais com trechos de suas aulas e palestras falando sobre temas contemporâneos.

Maria nasceu em Anadia, em Aveiro, Portugal, e cresceu em Lisboa, filha de um pai anarquista que abrigava refugiados da Guerra Civil Espanhola durante a era Salazar. Formada em matemática pela Universidade de Lisboa, fugiu da ditadura salazarista em Portugal, mudando-se para o Brasil em 1954.

Quando chegou ao Brasil, ela começou a participar das atividades e debates promovidos pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Por não conseguir a equivalência de diplomas que lhe permitiria dar aulas em universidade, em 1955 começou a trabalhar no atual Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Sua carreira no Brasil foi marcada por importantes passagens pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Grupo Executivo de Indústria Mecânica Pesada (Geimape). Trabalhou também na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

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