Bioquímica brasileira ganha prêmio internacional

Bioquímica brasileira ganha prêmio internacional

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 05/06/2024 às 15:05 / Leia em 3 minutos

Desde cedo, Alicia Kowaltowski queria ser cientista. Incentivada pelos pais, ambos acadêmicos, se interessou pelas aulas sobre o corpo humano e se especializou em bioquímica. Sua pesquisa e contribuição para a biologia das mitocôndrias – organelas que agem como usinas de energia das células – lhe rendeu o Prêmio Internacional L’Oréal-UNESCO Para Mulheres na Ciência, que homenageia anualmente cinco cientistas do mundo todo. “A ciência tem o poder de transformar vidas”, diz a pesquisadora.

Kowaltowski analisou as complexas reações bioquímicas que permitem aos seres humanos obter energia dos alimentos para viver. “Minha investigação contribui significativamente para a compreensão de possíveis doenças, como obesidade, diabetes e infarto.”

As premiadas desta 26ª edição foram selecionadas entre 350 candidatas de todo o mundo por um júri internacional independente presidido pela professora Brigitte L. Kieffer, diretora de pesquisa do Instituto de Pesquisa Inserm, membro da Academia de Ciências da França e também uma das vencedoras em outra edição. “Esse prêmio representa um grande incentivo para continuar minha pesquisa e contribuir para o desenvolvimento de novos conhecimentos”, diz Kowaltowski.

Segundo a pesquisadora, o objetivo gera do seu projeto é analisar o papel de alterações de transporte de íons, metabolismo energético e oxidantes mitocondriais nessas condições. Ao entender o papel mitocondrial nesses processos, é possível propor intervenções e controlar os efeitos que afetam a saúde humana. “O metabolismo é fascinante porque está no cerne da vida”, afirma a cientista, que começou a explorar o tema a convite de um mentor.

A cientista reconhece a importância do trabalho em equipe. “Tive ajuda de muitas pessoas ao longo desta trajetória, como a Camile Caldeira da Silva, responsável por organizar todos os equipamentos e manter tudo funcionando.”

Hoje uma referência, Kowaltowski sempre teve exemplos de mulheres na ciência. Para ela, a falta de representatividade nunca foi um problema. “O grande desafio mesmo é ser cientista no país, porque não há incentivos para atuar na área”, diz. Apesar disso, a cientista não quer desanimar as próximas gerações. “Espero que minha trajetória inspire outras mulheres a seguirem seus sonhos e buscarem a excelência em suas áreas de atuação.”

Para uma carreira de sucesso na ciência, ela sugere: “Sejam curiosos, façam boas perguntas, estejam abertos a resultados inesperados, encontrem supervisores de apoio e nunca desistam. Explorar os limites do conhecimento nos dá resiliência para continuar ultrapassando limites e quebrando barreiras.”

Forbes Brasil 

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