Na noite desta segunda-feira (3), a ministra Cármen Lúcia tomou posse da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta é a segunda vez que a magistrada ocupa o cargo – a primeira foi em 2012, se tornando a primeira mulher na história a assumir a cadeira. Nos últimos dois anos, o posto estava sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, tendo Lúcia como vice-presidente.
Em sessão solene no plenário da Corte, em Brasília, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi oficializado que a ministra será a responsável por comandar as eleições municipais de outubro. Nunes Marques assume a vice-presidência da Casa.
Ao se despedir do cargo, Moraes elogiou Cármen e afirmou que ela garantirá um período eleitoral seguro e transparente. “Magistrada exemplar, mas acima de tudo uma grande amiga, garantirá em 2024 eleições livres, seguras e transparentes, fortalecendo cada vez mais a nossa democracia”, disse, durante a cerimônia.
O ministro aproveitou a ocasião para ressaltar, também, a importância da magistrada para a participação das mulheres no cenário político do Brasil e na luta contra as recorrentes fraudes à cota de gênero. “Uma histórica defensora do Estado democrático de direito”, afirmou Alexandre.
Em seu discurso como presidente do TSE, Cármem Lúcia destacou os danos causados pelas fakes news e discursos de ódio durante o período eleitoral. Ela disse que usar as redes sociais para propagar desinformação é um “instrumento de covardes e egoístas”. Para Cármen, “contra o vírus da mentira, há o remédio eficaz da informação séria”. “A mentira que planta o medo para colher a ditadura”, completou.
A cerimônia contou com a presença de 300 convidados. Além do presidente da república, autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente o Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e outros ministros da Corte estavam na solenidade.