Com um projeto inédito que une empreendedorismo, artesanato baiano e economia circular, o Instituto Mandarina vai apresentar uma exposição interativa no Fórum ESG Salvador, que acontece nos dias 22 e 23 de maio, no Porto Salvador, no Comércio. A partir de mais de uma tonelada de resíduos doada pela Prefeitura de Salvador, através da Saltur, a entidade criou um grupo de produção de bolsas artesanais. Os acessórios foram produzidos tendo como matéria-prima, especialmente, lonas utilizadas em eventos realizados na capital baiana, como o Carnaval, em um processo de reciclagem criativa feito em parceria com a Fábrica Cultural.
Agora, o processo de produção que resulta em uma coleção inédita de 100 bolsas autorais, com 10 modelos, pode ser conferido gratuitamente pelos visitantes no Fórum ESG. De acordo com Neila Larangeira, fundadora e presidente do Instituto Mandarina, além de reciclar mais de uma tonelada de resíduos, através do processo de upcycling, o projeto beneficiará 30 mulheres artesãs.
“As peças foram produzidas por mulheres das comunidades da Península de Itapagipe, acompanhadas por mentorias conduzidas por empreendedores especialistas, que compartilham suas experiências e conhecimentos com aquelas que estão iniciando seus negócios. É um trabalho colaborativo que envolve muitas mãos (…) Desta forma, estas profissionais têm acesso à formação em empreendedorismo e sustentabilidade, criando produtos que geram renda e oportunidades, “girando” a essência da economia circular, importante para os negócios atuais, ao repensar o modelo tradicional de consumo, principalmente da moda”, conta a presidente. Com a identidade do slogan do Carnaval de Salvador 2024: “Salvador, Capital Afro”, as bolsas serão posteriormente comercializadas.
Ao contribuir para a reutilização e reciclagem de recursos, a ideia do projeto é reduzir o desperdício e o impacto ambiental, ao mesmo tempo em que promove a formação de pessoas para o mercado e a geração de trabalho e renda. “Ações como esta podem ser apoiadas por empresas que tenham materiais a descartar e que sejam passíveis de reaproveitamento, sendo relevantes em suas agendas ESG, uma vez que dizem respeito aos pilares social e ambiental”, indica Neila.