Roseana Murray fala sobre novos projetos literários ‘Escrever é meu ofício’

Roseana Murray fala sobre novos projetos literários ‘Escrever é meu ofício’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/Redes sociais

Publicado em 21/05/2024 às 20:23 / Leia em 3 minutos

A escritora e poetisa Roseana Murray, de 73 anos, compartilha com seus seguidores o progresso de sua recuperação, após ter o braço amputado por causa de um ataque de pitbulls no início de abril, quando saía de casa, por volta das 6h, para uma caminhada em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, hábito que mantinha diariamente.

Como prometeu enquanto ainda estava no hospital, Roseana vai lançar um livro – e já tem outros projetos em vista. Na segunda-feira (20), a poetisa escreveu em suas redes sociais que aguardava o editor para uma reunião e endossou a paixão pelo que faz: “Escrever é o meu ofício”.

Em um breve poema, Roseana também narrou as sensações que ainda experimenta mesmo após a amputação.

“O braço direito
não existe mais
mas pensa que existe
e é uma existência sombria
de choques e dor,
como um fantasma
que afiasse as facas
na cozinha”.

A autora já havia mostrado aos seguidores o processo de readaptação e aprendizado da escrita com a mão esquerda. Em uma publicação no dia 29 de abril, ela mostrou animação e disse que já digitava como se sempre tivesse sido canhota.

 

O Ataque

Roseana foi atacada por três cães da raça pitbull no último dia 5 de abril, quando saía de casa, por volta das 6h, para uma caminhada em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, hábito que mantinha diariamente. No ataque, ela teve o braço e a orelha direita arrancados. Gravemente ferida e desmaiada, a escritora foi arrastada pelos cães por cerca de 5 metros.

Após 18 dias internada, ao receber alta, ela recebeu uma homenagem especial dos funcionários do hospital, que vestiram uma camisa com a estampa “Lute como uma poeta” e anunciou alguns planos.

Vou fazer um sarau, ele vai acontecer no hospital. Quero escrever um livro para crianças que têm falta de um membro. Já consegui a melhor ilustradora para mim, das melhores do Brasil, Mariana Massarani. Nesse caso, a gente vai fazer esse livro para crianças que podem ter perdido algum membro, mas com muito humor”, adiantou.

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