Prêmio Jabuti proíbe inscrições de obras criadas por inteligência artificial

Prêmio Jabuti proíbe inscrições de obras criadas por inteligência artificial

Redação Alô Alô Bahia

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Reprodução/Getty

Publicado em 25/04/2024 às 17:43 / Leia em 3 minutos

Após as polêmicas na edição de 2023, o Prêmio Jabuti decidiu vetar a participação de obras produzidas por inteligência artificial neste ano. A proibição foi incluída no regulamento da premiação e afirma que apenas podem ser inscritos trabalhos que “não tenham utilizado recursos de IA, com exceção dos casos cujo propósito seja de citação a título de exemplo, estudo, debate ou crítica”.

As mudanças no regulamento foram anunciadas em coletiva de imprensa realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) nesta quinta-feira (25). Além de proibir o uso da IA, o Prêmio Jabuti irá premiar poetas estreantes e livros de saúde e bem-estar, educação e negócios.

A categoria “Escritor Estreante — Poesia” integra o eixo Inovação, que também engloba os troféus de Fomento à Leitura e Livro Brasileiro Publicado no Exterior. Já as outras três categorias estreiam no eixo Não Ficção.

As inscrições para o 66º Prêmio Jabuti abriram nesta quinta e podem ser feitas no site da Câmara Brasileira do Livro (CBL) até o dia 13 de junho. A Personalidade Literária do ano, que será homenageada na cerimônia, será anunciada em agosto. Já a entrega dos troféus deve ocorrer em novembro.

Os vencedores de cada categoria levam para a casa a estatueta do Jabuti e R$ 5 mil reais em premiação. Já autor do Livro do Ano (escolhido entre os premiados nas categorias dos eixos Literatura e Não Ficção) ganha R$ 70 mil e uma viagem para a Feira do Livro de Frankfurt, o maior balcão de negócios do mercado editorial no mundo. O objetivo é ajudar na internacionalização da obra do vencedor.

Polêmica

Em 2023, uma edição de “Frankenstein” foi incluída entre os finalistas do prêmio na categoria Ilustração e posteriormente desclassificada por ter sido identificado o uso de IA na confecção das imagens. Na oportunidade, os organizadores da premiação afirmaram que “a utilização de ferramentas de inteligência artificial tem sido objeto de discussão em todo o mundo, em razão dos princípios de defesa dos direitos autorais”.

Segundo o designer Vicente Pessôa, responsável pela obra desclassificada, o regulamento do Prêmio Jabuti não vetava explicitamente obras criadas com o auxílio de IA. Ele ainda defendeu que era a “qualidade do trabalho” deveria estar em pauta – e não o método de confecção.

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