‘Polarização é a maior ameaça para a democracia’, diz Wagner Moura ao falar de ‘Guerra Civil’

‘Polarização é a maior ameaça para a democracia’, diz Wagner Moura ao falar de ‘Guerra Civil’

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 16/04/2024 às 17:39 / Leia em 3 minutos

O ator e diretor Wagner Moura, 47 anos, disse que “a polarização é a maior ameaça para a democracia” ao comentar o filme “Guerra Civil”, longa hollywoodiano no qual ele é um dos protagonistas. A afirmação foi feita nesta terça-feira (16) em entrevista ao programa Estúdio CBN. O baiano ainda falou que o filme tem tudo a ver com o atual momento dos Estados Unidos (EUA), mas “não tem uma agenda ideológica”.

Estreando no Brasil nesta quinta-feira (18) nos cinemas brasileiros, “Guerra Civil” retrata um futuro distópico, quando os EUA viram palco de uma nova guerra civil. Uma equipe de jornalistas viaja pelo país para registrar a dimensão e violência do conflito. Além de Moura, o elenco conta com Kirsten Dunst, Jesse Plemons, Cailee Spaeny, entre outros. A direção é de Alex Garland.

O baiano, que já gostava do trabalho do cineasta, foi procurado pelo próprio Garland para participar do longa.

“Quando eu li esse roteiro percebi que o filme era a minha cara, é o tipo de filme que eu gosto. Aquele que tem algo para dizer ao mesmo tempo que tenha algo atrativo para as pessoas”, conta.

Para se preparar para o papel, Wagner Moura contou que leu diversos livros sobre jornalismo de guerra e conversou com três jornalistas experientes. “Queria saber o que eles sentiam quando estavam no meio do conflito”.

Abordando o assunto, o ator brasileiro relata como o filme traz uma discussão sobre o descrédito do jornalismo profissional. Ele diz que se “preocupa com o declínio do jornalismo enquanto algo fundamental para a democracia”.

Reação do público americano

Lançado na última sexta-feira (12) nos EUA, “Guerra Civil” teve a maior abertura de uma produção na história do estúdio no país, com US$ 25,7 milhões arrecadados. Wagner afirma que o thriller distópico tem causado uma “dissonância cognitiva” no público dos Estados Unidos.

“Tudo que eles produzem em outros países, estão vendo acontecer em Washington. É um sintoma da ansiedade pelo qual estão passando. E o filme não propõe maniqueísmo e polarização”, pontua.

Novo filme como diretor

Ainda durante a entrevista, ele deu mais detalhes sobre seu primeiro longa como diretor nos Estados Unidos. Será um “filme de natal anticapitalista” baseado no livro “Last Night at the Lobster”, de Stewart O’Nan. A obra traz a história de um restaurante que vai fechar e todos os funcionários serão demitidos, mas o gerente precisa escolher cinco pessoas para levar para outra rede. O baiano também vai atuar como ator nesse filme, interpretando o papel do gerente.

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