O Palacete Góes Calmon, sede da Academia de Letras da Bahia (ALB), foi invadido na madrugada da última sexta-feira (12). A ação dos invasores foi registrada pelas câmeras de segurança do espaço.
Segundo a ALB, foram roubados os seguintes itens: uma TV com pedestal e uma câmera para videoconferência, fiação e refletores que ficavam na área externa. Juntos, os equipamentos representam um prejuízo de mais de R$ 10 mil. Além dos objetos furtados, algumas peças artísticas foram danificadas e reparos precisarão ser feitos.
De acordo com a academia, alguns objetos de valor artístico e histórico do acervo tiveram danos irreparáveis.
O presidente da ALB, Ordep Serra, lamentou o episódio. “Um monumento que está em processo de tombamento tanto pela prefeitura, como pelo estado da Bahia foi mais uma vez assaltado. Teve portas arrombadas, furto e vandalismo”, contou.
Serra mencionou, ainda, que por se tratar de um edifício histórico e antigo, a segurança estrutural é frágil, o que colabora com as repetidas invasões e assaltos ao edifício. Ele também fez referência aos itens que são abrigados no Palacete, de referência e importância histórica. “É um prejuízo para o nosso patrimônio e, quando digo ‘nosso’, não é só da ALB. Aqui temos itens preciosos para a história da Bahia e até do Brasil”.
Para o antropólogo, é importante destacar a necessidade de reforçar a segurança do patrimônio protegido pela ALB. “Vamos tomar todas as providências que estão ao nosso alcance. Mas eu queria chamar atenção da população para a fragilidade da proteção de coisas valiosas como as que estão no Palacete Góes Calmon. E pedir que as autoridades nos ajudem nesta hora”.
O Palacete Góes Calmon, que fica na Avenida Joana Angélica, em Salvador, abriga o vasto acervo documental, fotográfico e bibliográfico da ALB e está em processo de tombamento patrimonial, como mencionou Ordep Serra. É um edifício histórico, que guarda memória cultural da Bahia e do Brasil, demandando proteção e atenção.
