A Itália lançou um visto de nômade digital, voltado para profissionais que trabalham remotamente enquanto viajam pelo país. A iniciativa entrou em vigor no último dia 4, e permite que pessoas sem passaporte permaneçam e trabalhem legalmente no país.
Apesar do benefício atraente, conseguir o visto não é simples. Para isso, é necessário ser considerado “altamente qualificado”. A lei diz ainda que é preciso exercer “uma atividade laboral altamente qualificada com a utilização de ferramentas tecnológicas capazes de lhe permitir trabalhar remotamente, tanto como trabalhador autônomo ou como colaborador ou empregado de uma empresa, mesmo que não seja residente na Itália”.
Ainda segundo a legislação, os candidatos devem ser freelancers ou estar na folha de pagamento de uma empresa, e seu salário anual deve ser de pelo menos € 28.000 (pouco acima de US$ 30 mil, ou R$ 150 mil).
Os profissionais devem ter um diploma universitário há pelo menos três anos, uma licença profissional para a área de atuação ou comprovar experiência por documentação, além de comprovar seis meses de experiência profissional na área em que desejam trabalhar remotamente.
Os candidatos ao visto também precisam apresentar comprovante de possível hospedagem na Itália e de cobertura de saúde no país, seja de forma privada ou inscrevendo-se no Serviço Nacional de Saúde italiano, que custa € 2.000 euros – US$ 2.100 (R$ 10.785) por ano.
Para participar, basta procurar um consulado italiano antes de chegar ao país. O visto terá o prazo de 1 ano. Ao chegar no país, você terá oito dias para solicitar o “permesso di soggiorno”, que é a permissão de residência. Trabalhadores autônomos também precisarão solicitar um número de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) italiano e devem buscar aconselhamento sobre a melhor forma de pagar impostos locais.
*com informações da Revista Forbes