‘Asas para Todos’: Governo Federal lança programa para aumentar a diversidade no setor aéreo brasileiro

‘Asas para Todos’: Governo Federal lança programa para aumentar a diversidade no setor aéreo brasileiro

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Redação, com informações da Agência Brasil

Reprodução/Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 03/04/2024 às 21:17 / Leia em 2 minutos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos lançaram nesta quarta-feira (3) o programa Asas para Todos, que pretende fomentar a diversidade e a inclusão no setor aéreo brasileiro. A iniciativa prevê 16 projetos, como a parceria com universidades para capacitação de profissionais e a oferta de bolsas para formação de pilotos e mecânicos de manutenção, priorizando pessoas de baixa renda e mulheres.

Democratizando o acesso à formação

O programa reconhece que o alto custo da formação aeronáutica impede que a maioria da população brasileira ingresse no setor. Segundo a Anac, o custo de formação de um piloto privado é de R$ 45 mil e de um piloto comercial é de R$ 120 mil. “Isso representa um entrave para mais de 80% dos brasileiros, o que se reflete na composição dos nossos profissionais”, afirma o diretor-presidente substituto da Anac, Tiago Pereira.

O programa também busca aumentar a representatividade feminina na aviação. Atualmente, apenas 3,2% dos pilotos de avião e de helicóptero são mulheres, e 2,4% dos mecânicos de manutenção aeronáutica. “É ineficiente prescindir de metade da mão de obra possível nesse setor, que é tão intensivo em capacitação e mão de obra”, avalia Pereira.

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o programa irá levar cidadania aos aeroportos brasileiros. Ele destacou a importância da participação das concessionárias, que gerenciam 95% dos aeroportos do país.

Combate ao racismo e à discriminação

O evento de lançamento também abordou o combate ao racismo e à discriminação no setor aéreo. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, lembrou o caso da porta-bandeira da Portela, Vilma Nascimento, que foi vítima de racismo no aeroporto de Brasília em 2023.

As ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, reforçaram a necessidade de políticas públicas para combater a discriminação e garantir a inclusão de todos no setor aéreo.

Durante o evento, foram assinados acordos de cooperação técnica entre a Anac e os ministérios de Portos e Aeroportos, do Turismo, das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e da Cidadania.

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