Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (28), diretores da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertaram sobre a epidemia de dengue que está acontecendo atualmente no mundo.
A instituição teme que este ano será o pior da história em casos da doença.
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“Já temos 3,5 milhões de casos registrados. Isso representa três vezes mais do que o contabilizado no mesmo período de 2023, que foi o ano recorde de infecções no mundo. No ano passado, foram 5 milhões de casos e dificilmente não superaremos este número”, indica o diretor da Opas, Jarbas Barbosa.
Barbosa também destacou que o Aedes aegypti está conseguindo chegar a mais zonas das Américas do que ele normalmente circulava, como o sul dos Estados Unidos e do Chile. “Os mosquitos precisam de ambientes quentes e úmidos e as mudanças climáticas estão aumentando a área de atuação deles”, afirma.
Embora o índice de letalidade registrado no mundo esteja em cerca de 0,04% dos casos, abaixo do teto esperado (0,05%), a Opas considera que é possível reduzir ainda mais os casos fatais.
“Nossa prioridade é evitar mortes e isso se faz com capacitação médica e educação da população para que ela esteja atenta aos sintomas e à progressão deles para casos graves. Os países precisam colaborar uns com os outros para dividir estratégias de sucesso”, completou o diretor do departamento de Prevenção, Controle e Eliminação de Doenças Transmissíveis da Opas, Sylvain Aldighieri.
Os especialistas da instituição também analisam que, embora a vacina Qdenga seja uma mudança de paradigma na prevenção da doença, seus resultados só aparecerão daqui a oito anos, quando houver uma grande proporção de pessoas imunizadas.