Nesta quarta-feira (14), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a criação de um Comitê de Operação de Emergência para enfrentar a disseminação da mpox, uma doença que tem gerado preocupação internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a situação da mpox na África como uma emergência em saúde pública de importância internacional devido ao risco de disseminação global e a possibilidade de uma nova pandemia, o nível mais alto de alerta da entidade. No entanto, a ministra ressaltou que, apesar da situação ser de alerta, não há motivos para alarme.
“Nós vamos instituir um Comitê de Operação de Emergência, envolvendo Ministério da Saúde, Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Já estávamos acompanhando, tivemos reunião de especialistas, há duas semanas, desde que começaram os casos, e essa possibilidade [de disseminação da doença], e vamos analisar as questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas de alerta”, afirmou Nísia a jornalistas, no Palácio do Planalto, após participar de um evento de anúncio de investimentos na indústria da saúde.
Entre as medidas a serem adotadas estão a compra de testes de diagnóstico, alertas para viajantes e a atualização do plano de contingência. A ministra indicou que, por enquanto, não está prevista uma imunização em massa. No ano passado, a vacinação ocorreu em resposta à emergência global, utilizando doses aprovadas temporariamente pela Anvisa e também para pesquisas científicas.
O Ministério da Saúde avalia que, atualmente, a nova onda da doença apresenta um risco baixo para o Brasil. Até 2024, foram notificados 709 casos de mpox e 16 óbitos no país, o mais recente em abril do ano passado. Globalmente, os casos deste ano já ultrapassaram o total de 2023, somando mais de 14 mil, com 524 mortes registradas.