Paris-24 marcou altos e baixos de modalidades, em edição histórica para o esporte feminino do Brasil

Paris-24 marcou altos e baixos de modalidades, em edição histórica para o esporte feminino do Brasil

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia

Getty Images via Olympics.com

Publicado em 11/08/2024 às 07:38 / Leia em 4 minutos

Na primeira edição dos Jogos Olímpicos em que mulheres trouxeram mais medalhas ao Brasil do que homens, o mapa de desempenho das modalidades também passou pra grandes alterações. Em 2024, elas foram responsáveis por 12 das 20 (60%) medalhas brasileiras e de todos os três ouros, com Beatriz Souza (judô), Duda e Ana Patrícia (vôlei de praia) e Rebeca Andrade (ginástica artística).

O resultado feminino repercutiu ainda na “gangorra” dos esportes, com judô e ginástica subindo, boxe caindo e natação e vela sumindo do mapa das medalhas. Algumas modalidades, como o taekwondo, apresentaram desempenho melhor do que o esperado, com um bronze, enquanto vôlei, surfe e skate atenderam expectativas. No quadro total de 20 medalhas, no entanto, algumas ficaram abaixo da meta.

O judô foi um dos principais destaques nacionais na Olimpíada de Paris, com 4 medalhas, um ouro, uma prata e dois bronzes. Com isso, já são 11 edições seguidas com atletas no pódio. Em se falando exclusivamente da modalidade, o Brasil estaria em 4º lugar no quadro de medalhas, atrás apenas de Japão, França e Coreia do Sul.

A ginástica artística também brilhou, conseguindo sua melhor campanha da história, com uma medalha de ouro e duas de prata, todas de Rebeca Andrade, e um bronze por equipes. Bonito fizeram também as mulheres da seleção brasileira de futebol, que terminou com a prata. Desde 2008, elas não ficavam entre as três primeiras.

Enquanto isso, o vôlei de praia feminino fez o dever de casa e voltou a ser medalhista em grande estilo, com Ana Patrícia e Duda levando o ouro. Já na quadra, a seleção feminina conquistou o bronze, mantendo a modalidade no pódio.

O favoritismo também foi provado nos esportes radicais, como skate e surfe, que começaram a fazer parte do programa olímpico apenas em Tóquio. Foram quatro medalhas deles, uma de prata e três bronzes. Da mesma forma, o atletismo e canoagem velocidade confirmaram o status de favoritos, com medalhas de Alison dos Santos (400m com barreiras), Isaquias Queiroz (C1 1000m) e Caio Bonfim (marcha atlética).

Esporte que mais conquistou medalhas para o Brasil na Olimpíada de Tóquio, com três pódios, o boxe deixou um gosto levemente amargo em Paris. Cotada para igualar o número, pelo menos, a modalidade saiu com apenas um bronze, da baiana Beatriz Ferreira.

A vela – que tinha os até então recordistas de medalha do país, Robert Scheidt e Torben Grael – ficou fora do pódio pela primeira vez desde 1992. O melhor resultado foi o sétimo lugar de Bruno Lobo. Já a natação, juntando as provas de piscina e águas abertas, não ficava sem medalhas há 20 anos. A baiana Ana Marcela (4ª) e Guilherme Costa (5º) foram os únicos que disputaram diretamente o pódio. A natação teve o menor número de finais (quatro) desde 2000.

Além das medalhas

Vale destacar que medalhas não resumem desempenhos. Algumas modalidades voltaram sem os prêmios, mas trouxeram seus melhores resultados, como a canoagem slalom, triatlo, tênis de mesa, ciclismo BMX freestyle, tiro com arco e ginástica de trampolim, além do hipismo, ginástica rítmica e badminton, com resultados relevantes: o cavaleiro Stephan Barcha foi quinto no individual dos saltos, Juliana Viana venceu um jogo no badminton, a primeira vitória de uma mulher, e Barbara Domingos fez o primeiro top 10 da história do Brasil em um torneio individual da ginástica rítmica.

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