Israel Neto, grande nome da literatura antirracista nas periferias, participa de encontro nacional na Bahia

Israel Neto, grande nome da literatura antirracista nas periferias, participa de encontro nacional na Bahia

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Naiana Ribeiro

Divulgação

Publicado em 01/04/2024 às 11:49 / Leia em 2 minutos

Um dos principais nomes do afrofuturismo no país, o escritor e editor Israel Neto, da editora Kitembo, prepara-se discutir sobre o tema e literatura periférica no Encontro Nacional da Periferia Brasileira das Letras, em Salvador (BA), entre os dias 9 e 11 deste mês.

Israel Neto vai falar sobre os títulos publicados nos últimos anos, dialogando com a ancestralidade e os tempos atuais, como ditadura, recursos naturais, racismo, entre outros, revelando a variedade de temas e gêneros e a versatilidade do escritor. Também vai discutir sobre o mercado do livro e da literatura sob a perspectiva de editor, à frente de uma editora que surgiu na periferia de São Paulo.

Além disso, o autor de São Paulo destaca-se também na produção literária, como editor da Kitembo e autor de HQs, como “3 Esús e o Tempo” (2020) e “3 Esús e o Tempo: O Mundo de Eleguá” (2023).

A ida para Salvador está ligada a um projeto de literatura e saúde, no qual Israel Neto é bolsista desde 2022, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que atua no reconhecimento de um tipo de ator político que traz marcos inovadores para o trabalho de reforço da cidadania em territórios socioambientalmente vulnerabilizados de centros urbanos: os coletivos literários e a literatura produzida nas periferias brasileiras.

“Participar deste encontro nacional dos fazeres literários nas periferias, representando São Paulo, enquanto editor e autor, é uma oportunidade única de me conectar com as literaturas em ebulição fora do eixo aqui do Sudeste, sem deixar é claro, de compartilhar nossas produções e caminhos percorridos por aqui. A grande potência deste encontro sem dúvida será a reflexão sobre as políticas públicas do livro e leitura pelo olhar da periferia”, diz o autor.  

Vale destacar que a Periferia Brasileira de Letras (PBL) está ancorada nos referenciais teórico, conceitual e metodológico de Promoção da Saúde. A concepção de que arte e a literatura são ações estratégicas para a ampliação da cidadania em territórios de favela, remete às diretrizes que, na Fiocruz, estão presentes no Programa Institucional de Territórios Saudáveis e Sustentáveis.

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