O uniforme da equipe de atletismo dos Estados Unidos para a Olimpíada de Paris, que começa no dia 26 de julho, chamou a atenção dos atletas, não pela qualidade, mas sim pela forma exageradamente cavada. O traje, produzido pela Nike, foi alvo de críticas nas redes sociais pela sexualização das mulheres.
Em uma postagem no Instagram, a campeã de atletismo dos Estados Unidos na categoria 5.000 metros, em 2006 e 2010, Lauren Fleshman, questionou a eficiência da roupa e apontou o desconforto que ela pode causar às competidoras.
“Atletas profissionais devem poder competir sem dedicar muita energia para uma vigilância constante da região pubiana [se aparece ou não] ou ter a carga mental de ter toda a parte mais vulnerável do seu corpo à mostra […] Se este traje fosse realmente benéfico para o desempenho físico, os homens o usariam. Este não é um uniforme de elite para o atletismo. É um traje criado pelo patriarcado, onde não há espaço para esportes femininos”, escreveu.
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Também no Instagram, a corredora americana de meia distância que competiu nos Jogos do Rio 2016, Colleen Quigley, ressaltou a necessidade de um uniforme confortável para os atletas. “Todos que competem pela equipe dos Estados Unidos merecem um uniforme com o qual se sintam confortáveis, no qual não precisem se preocupar em se sentirem constrangidos”, disse.
Tara Davis-Woodhall, saltadora em distância dos Estados Unidos, que participou da Olimpíada de Tóquio, em 2020, foi ainda mais enfática: “Minha genitália vai ficar à mostra”, comentou.
Em resposta, a Nike informou, através de nota enviada à Reuters, que para os Jogos de Paris, está oferecendo aos atletas opções que incluem tanto sungas quanto shorts, uma diversidade que não foi apresentada nos Jogos de Tóquio. A empresa destacou também que os uniformes de atletismo da marca para homens e mulheres abrangem quase 50 peças de vestuário e 12 estilos diferentes para eventos específicos.
