Com mais de 25 anos de experiência na área de desenvolvimento humano, a executiva Paula Harraca encerrou com chave de ouro o III ESG Fórum Salvador, nesta quinta-feira (23), com uma palestra inspiradora. A autora do livro “O Poder Transformador do ESG: como alinhar lucro e propósito”, que oferece importantes direcionamentos para profissionais e organizações que buscam se manter prósperos, competitivos e conectados com seus valores, iniciou a conversa destacando que, apesar da sua ampla bagagem profissional, se considera uma eterna aprendiz. Com isso, compartilhou com o público os principais ensinamentos que teve ao longo da sua carreira e vida pessoal.
“Me posiciono como uma eterna aprendiz porque acredito que é muito importante que a gente esteja sempre disposto a evoluir e ampliar a nossa visão de mundo”, ressaltou Paula, acrescentando ainda que, dentro deste processo de crescimento, saber lidar com os erros e perdas é um fator necessário. “Muitas vezes, condenamos o erro e não transformamos ele em base para construir algo melhor. E para mudar e evoluir, precisamos aprender a perder. E isso é muito difícil num mundo que só nos ensina a ganhar”, refletiu.
Reconhecida como uma das profissionais de Gestão de Pessoas mais admiradas do país, Paula defende que as grandes transformações sociais, ambientais, políticas e econômicas que o mundo demanda hoje passam por pequenas e consistentes mudanças e que isso requer das atuais lideranças coragem para inovar, humildade para aprender, generosidade pra compartilhar e responsabilidade para se comprometer. Para a executiva, assumir a responsabilidade de construir um mundo melhor é um compromisso coletivo e, para isso, é preciso também autenticidade e coerência. “Não abrir mão dos nossos valores é algo essencial, seja no universo corporativo, seja em qualquer outro lugar, para que a gente não perca a essência e a potência de cada indivíduo”, afirmou.
Diante de uma mundo em profunda transformação, com desafios como as mudanças climáticas, desigualdade social, depressão, ansiedade, Paula acredita que as relações de trabalho precisam ser cada vez mais pautadas na confiança, colaboração e cocriação porque, no final das contas, é tudo sobre pessoas. “Vivemos uma nova era, com uma nova forma de agir, pensar e fazer negócios e é cada vez mais necessário que as empresas estejam atentas ao impacto que estão gerando (…) Não queremos mais ser a melhor empresa do mundo, mas sim uma empresa melhor para o mundo, valorizando a diversidade e construindo soluções de maneira coletiva”, disse. Ela finalizou sua participação deixando a reflexão de que não existe conforto no processo de crescimento, assim como não existe crescimento na zona de conforto, e que as empresas precisam estar engajadas em adotarem na prática as mudanças que elas desejam ver na sociedade.
