Com a inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de Difusão Vermelha da Interpol, o Brasil passa a ter sete mulheres entre os nomes procurados internacionalmente pela organização policial, ao lado de 65 brasileiros do sexo masculino.
As brasileiras listadas têm entre 28 e 75 anos e são acusadas de crimes como tráfico de drogas, homicídio qualificado, tortura e associação criminosa.
Zambelli foi incluída a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após ter a prisão preventiva decretada na quarta-feira (4). A deputada foi condenada a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e anunciou que deixou o Brasil.
Com a decisão da Interpol, seus dados passam a estar disponíveis para as polícias de 196 países, ainda que não estejam listados publicamente no site da organização, por razões de estratégia e segurança. Alguns nomes são mantidos sob sigilo e acessíveis apenas aos sistemas policiais internacionais.
Criada em 1923, a Interpol conta atualmente com 19 bancos de dados globais, que reúnem informações como impressões digitais, perfis de DNA, registros de documentos falsificados e até dados sobre obras de arte.
A chamada Difusão Vermelha é o mecanismo que permite o compartilhamento de informações sobre foragidos procurados em mais de um país, para que possam ser localizados e detidos.
As outras brasileiras procuradas pela Interpol:

Foto: Reprodução/Interpol
-
Thaynara Caroline Santos Pereira, 28 anos – Associação ilícita e fraude com cartões de débito e crédito
-
Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, 75 anos – Assassinato e tortura
-
Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, 52 anos – Organização criminosa
-
Márcia Liziane Costa Vieira, 39 anos – Furto
-
Rosirene Vieira, 49 anos – Tráfico internacional de drogas
-
Silvana Seidler, 58 anos – Homicídio qualificado e ocultação de cadáver