Divaldo Franco teve infância marcada por visões e descobertas mediúnicas

Divaldo Franco teve infância marcada por visões e descobertas mediúnicas

Redação Alô Alô Bahia

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Kirk Moreno para o Alô Alô Bahia

Reprodução / Facebook

Publicado em 13/05/2025 às 23:07 / Leia em 3 minutos

O médium e orador espírita Divaldo Franco morreu na noite desta terça-feira (13), em Salvador, aos 98 anos. Segundo nota oficial da Mansão do Caminho, instituição fundada por ele, a morte ocorreu por volta das 21h45, em casa, e foi causada por falência múltipla dos órgãos. Divaldo havia concluído recentemente um tratamento contra um câncer de bexiga e estava sob cuidados médicos.

Nascido em Feira de Santana (BA), em 1927, Divaldo era o caçula de 12 irmãos. Desde a infância, relatava experiências espirituais, o que gerou conflitos com a família. Segundo sua biografia, chegou a ser repreendido com castigos físicos por causa de visões consideradas “demoníacas” por seus pais.

A mediunidade foi reconhecida após um longo período de sofrimento físico e emocional, quando uma médium identificou a presença de um espírito obsessor e confirmou seu dom. A partir daí, Divaldo passou a estudar e aprofundar-se no Espiritismo.

Obra social e legado

Reconhecido como um dos principais líderes espíritas do Brasil e do mundo, Divaldo completou 98 anos no último dia 5 de maio. Ao longo de quase oito décadas, tornou-se referência em oratória, literatura mediúnica e assistência social, sempre vinculado à Doutrina Espírita.

Em 1947, ao lado de Nilson de Souza Pereira, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção. Anos depois, em 1952, criou a Mansão do Caminho, no bairro Pau da Lima, em Salvador. O complexo educacional e assistencial atende diariamente mais de 5 mil pessoas e conta com 44 edificações, incluindo escolas, centros médicos e espaços de acolhimento.

Divaldo também adotou mais de 650 crianças e adolescentes ao longo da vida, tornando-se uma figura paterna para centenas de jovens em situação de vulnerabilidade. Pela dedicação à causa humanitária, recebeu mais de 800 homenagens de instituições culturais, sociais, religiosas e políticas.

Carreira literária e reconhecimento

Divaldo psicografou mais de 250 livros, muitos atribuídos a diversos espíritos, entre eles o guia espiritual Joanna de Ângelis. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas e somam milhões de exemplares vendidos.

Em 2015, teve sua trajetória registrada na biografia Divaldo Franco: A trajetória de um dos maiores médiuns de todos os tempos, escrita pela jornalista Ana Landi.

Velório e sepultamento

O velório de Divaldo Franco será realizado nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio da Mansão do Caminho. O sepultamento ocorrerá na quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.

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