Exposição em Salvador celebra o centenário de Mãe Stella de Oxóssi

Exposição em Salvador celebra o centenário de Mãe Stella de Oxóssi

Redação Alô Alô Bahia

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Kirk Moreno para o Alô Alô Bahia

Reprodução

Publicado em 21/03/2025 às 23:27 / Leia em 3 minutos

O centenário de nascimento da ialorixá Mãe Stella de Oxóssi será celebrado com uma exposição em Salvador. No próximo dia 11 de abril, o M.E Ateliê da Fotografia, no Santo Antônio Além do Carmo, lança a mostra gratuita ‘Maria Stella de Azevedo Santos – Meu Tempo é Agora’, em homenagem à também enfermeira e escritora eleita por unanimidade para a Academia de Letras da Bahia.

A exposição integra o projeto “IMORTAIS – Reverberando histórias, culturas e saberes” e estará disponível para visitação de 11 de abril a 31 de maio, sempre das 16h às 19h. O público poderá conferir obras de 30 artistas convidados, além de livros e fotografias que retratam a trajetória de Mãe Stella. A programação conta também com exibição de documentários, oficinas e rodas de conversa sobre o papel fundamental da ialorixá na preservação e difusão do candomblé e da cultura afro-brasileira no Brasil e no mundo.

Obra de André Moreno.

Ela teve um impacto significativo na sociedade brasileira, sendo reconhecida também fora do país. Essa exposição é um tributo e um reconhecimento pelo legado que Mãe Stella deixou para a humanidade e, principalmente, para o povo de candomblé. Ela é um divisor de águas. O candomblé era uma coisa antes e se transformou depois dela“, explica o fotógrafo, artista plástico e curador da exposição, Mário Edson.

Obra de Pablo Araújo.

O projeto IMORTAIS existe desde 2019. De lá pra cá, ele já fez reverência a figuras emblemáticas da arte e cultura, como Frida Kahlo, Clarice Lispector, Ariano Suassuna, José Saramago, Milton Nascimento e o cinema, com tributos a Marlon Brando e Marcello Mastroianni.

Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, foi a quinta ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, um dos terreiros de candomblé mais importantes da Bahia, que fica no bairro do Cabula, na capital baiana. Iniciada aos 14 anos para Oxóssi, ela viveu 80 anos dentro da religião de matriz africana e liderou a casa por mais de quatro décadas. Além de sacerdotisa, Mãe Stella também se destacou como intelectual, escritora e defensora da cultura afro-brasileira.

Obra de Reinaldo Giarola.

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