A força e potência dos blocos afro tomou conta do Campo Grande nesta quinta-feira (27), na abertura do Carnaval de Salvador, em uma verdadeira celebração à cultura afro baiana. Olodum, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Filhos de Gandhy, Malê Debalê, Muzenza e Commanche do Pelô apresentaram uma performance histórica que reforçou a sua importância para a formação da identidade baiana.
Além de levar para a avenida um verdadeiro que mistura cores e ritmos de inspiração africana, estes grupos também contribuem para a afirmação da arte, cultura e resistência negra, além de contribuir para o desenvolvimento de suas comunidades durante todo o ano.
Os tambores do Olodum abriram a apresentação artística da cerimônia. Em seguida, Carlinhos Brown iniciou sua performance com a ópera O Guarani, de Carlos Gomes.
Margareth se juntou a Lazinho, do Olodum, para cantar Faraó, clássico marcado em sua voz no Carnaval de Salvador. Com uma letra forte e potente, a canção foi lançada por Margareth Menezes e Djalma Oliveira, em 1987. Composta por Luciano Gomes, a canção foi o primeiro samba-reggae gravado no Brasil, vendeu mais de 100 mil cópias, sendo um marco para a música brasileira, principalmente a baiana.
Margareth falou da importância da abertura do Carnaval de Salvador que celebra o axé. “Essa temática envolveu a todas as gerações, tantas construções. A Bahia transformou a festa de rua com a música, com o trio elétrico, até essa técnica de cantar muitas horas. É uma técnica da nossa geração. Então, todos estamos unidos festejando”, disse.
Eternizada também pelo Olodum, a música é uma celebração rítmica que mistura elementos da cultura afro-brasileira com referências à mitologia e história do Egito Antigo. A letra faz alusões a deuses egípcios, como Osíris, Ísis e Set, e menciona figuras históricas como Tutancâmon e Akhenaton, conectando a ancestralidade africana com a cultura brasileira, especialmente a do Pelourinho.
Axé Salvador
A abertura do Carnaval seguiu o espetáculo com a exaltação da cultura baiana. Daniela Mercury que iniciou sua apresentação com O Canto da Cidade, também exaltou a importância dos blocos afro. “A gente levou o axé pro mundo e o sonho de levar o samba reggae pro mundo, o sonho de Neguinho [do Samba] a gente levou”, disse, emocionada.
Depois, ela emendou com Axé Salvador, música que ressalta a cultura dos blocos afro. E, depois, Maimbe Danda.
O projeto Alô Alô Folia é uma realização do Alô Alô Bahia e tem apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador e do Carnaval da Bahia 2025. Sinta o axé, curta a Bahia. Governo do Estado presente faz o Carnaval.