Com o objetivo de promover não apenas a diversidade musical, mas também o trabalho social e cultural, o Festival Salvador Jazz terá uma oficina para realizar trabalho social e cultural. As masterclasses serão gratuitas e vão acontecer nos próximos dias 16 e 17 de maio, na Casa Rosa, localizada no Rio Vermelho. A iniciativa busca celebrar a história da música negra, destacando seu impacto e relevância na arte e na sociedade. Para se inscrever, é necessário preencher o formulário online através deste link.
Ao trazer a história da música negra e seus elementos, as atividades enriquecem o conhecimento dos participantes apresentando a herança cultural afro-brasileira que permeia a sociedade. Essa abordagem integrada reflete o compromisso em ser mais do que um evento de entretenimento, mas sim uma força que proporciona diálogo, educação e a transformação positiva.
Sob curadoria de Fabrício Mota e Fernanda Bezerra, as masterclasses irão fortalecer o conhecimento histórico para produção de uma arte melhor fundamentada, uma arte que passe por diversas gerações. “A importância dessa atividade ser gratuita diz respeito a um compromisso do evento em fortalecer o espaço de multiplicação de ferramentas educacionais. Quando a gente oferece uma oficina gratuita, estamos criando um estímulo maior para que as pessoas possam se engajar em um assunto de interesse que parece particular, mas que na verdade diz respeito a toda a sociedade. É muito importante e relevante que um festival de jazz esteja em Salvador, preocupado em fortalecer iniciativas educacionais, porque a música é, acima de tudo, uma ferramenta pedagógica da transformação do mundo”, reforça Fabrício.
Fabricio Mota (Foto: Paulo Lima)
Outras oficinas, como a de Pandeiro e Batidas Diaspóricas, são oportunidades para explorar a diversidade de ritmos, técnicas e expressões que compõem o universo da música negra. Além disso, ao destacar a contribuição de artistas e pesquisadores nesse campo, as masterclasses promovem um diálogo interdisciplinar, estimulando a criação artística e o aprendizado contínuo.
Proponente da oficina de batidas diaspóricas, o músico, pesquisador, baterista e beatmaker Jorge Dubman, considerado um dos instrumentistas de influência da sua geração, destaca a importância de compreender e explorar as batidas diaspóricas tanto historicamente quanto artisticamente, especialmente dentro do contexto contemporâneo da música.
“Na minha trajetória, compreender as batidas diaspóricas foi essencial tanto para minha formação como artista quanto para me ajudar a compreender o meu lugar no mundo e me reconectar com minha ancestralidade. Durante a atividade, irei compartilhar minhas vivências acumuladas em quase três décadas de carreira, como músico e produtor autodidata, minha relação com a música negra, minhas influências, projetos e experiências com artistas renomados, e como tudo isso se reflete na minha música”, relata Jorge.
Jorge Dubman (Foto: Amanda Tropicana)
O Salvador Jazz, além de ser um festival de música de renome que trará nomes como Mayra Andrade, Luedji Luna, Spok Quinteto, Jam Delas, Sonora Amaralina, Ubiratan Marques, Bixiga 70, Jhonathan Ferr e Marcos Suzano, se destaca por sua abordagem inclusiva e socialmente engajada. A gratuidade das masterclasses amplia o acesso à cultura e ao conhecimento, contribuindo para uma sociedade mais plural e consciente.
O Festival Salvador Jazz é apresentado pelo Ministério da Cultura e Aiwa, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realizado pela Maré Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução.
