O banqueiro Daniel Vorcaro, dono e presidente do Banco Master, foi transferido nesta segunda-feira (24) da carceragem da Polícia Federal, em São Paulo, para um presídio em Guarulhos. Ele está preso desde o dia 18, acusado de envolvimento em um esquema de irregularidades financeiras.
As investigações da Polícia Federal apontam suspeitas de venda fraudulenta de carteiras de crédito ao Banco de Brasília (BRB) e de oferta de CDBs com juros muito acima do mercado, considerados de retorno irreal.
Na última quinta-feira (20), a Justiça Federal rejeitou um pedido de habeas corpus e decidiu manter a prisão preventiva. Em sua decisão, a desembargadora Solange Salgado da Silva, do TRF1, citou indícios veementes de gestão fraudulenta e organização criminosa, além de um comportamento reiterado que poderia atrapalhar o andamento das investigações.
A defesa de Vorcaro também entrou com um novo habeas corpus no TRF1, ainda sem data para julgamento.
Além dele, outros sete investigados foram presos, embora dois já tenham sido liberados.
Em nota divulgada no sábado (22), os advogados de Vorcaro negaram a existência de uma suposta fraude de R$ 12 bilhões mencionada pela PF. Sobre o negócio com o BRB, a defesa afirma que as carteiras de crédito foram adquiridas pelo Banco Master de terceiros, responsáveis pela documentação, e que havia garantias contratuais que resguardavam as partes envolvidas.