Com Wagner Moura, ‘O Agente Secreto’ é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026

Com Wagner Moura, ‘O Agente Secreto’ é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia com informações do g1

Divulgação

Publicado em 15/09/2025 às 12:45 / Leia em 3 minutos

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou, na manhã desta segunda-feira (15), o filme que representará o Brasil na corrida pelo Oscar 2026. O longa escolhido foi “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho e estrelado por Wagner Moura. A produção disputará uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional, cuja cerimônia está marcada para 15 de março de 2026.

A escolha, no entanto, não garante a indicação ao prêmio. O filme ainda precisa enfrentar produções de outros países na disputa por um lugar na lista final de cinco indicados.

Ambientado nos anos 1970, o filme acompanha a trajetória de um professor universitário, vivido por Wagner Moura, que retorna ao Recife para reencontrar o filho caçula, mesmo correndo riscos em plena ditadura militar.

Reconhecimento internacional

“O Agente Secreto” tem se destacado no circuito internacional. No Festival de Cannes 2025, Wagner Moura foi premiado como Melhor Ator, enquanto Kleber Mendonça Filho venceu na categoria de Melhor Direção. A produção coleciona elogios de veículos de prestígio: o jornal inglês The Guardian deu nota máxima e classificou o longa como “visual e dramaticamente soberbo”, além de “ambicioso, complexo e elusivo”.

A revista americana Hollywood Reporter descreveu o filme como “magistral”, destacando o “retorno maravilhoso de Wagner Moura ao cinema brasileiro”. Para o veículo, “ele sempre foi um bom ator, mas Mendonça Filho faz dele uma estrela de cinema”. Já o site The Playlist avaliou o filme também com nota máxima, chamando-o de “obra-prima” e “o esforço mais ambicioso e monumental de uma carreira sem tropeços até agora”.

Disputa nacional

Para chegar à posição de representante do Brasil, “O Agente Secreto” venceu outros cinco finalistas: “Baby”, de Marcelo Caetano; “Kasa Branca”, de Luciano Vidigal; “Manas”, de Marianna Brennand; “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro; e “Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi.

Segundo as regras do Oscar, cada país pode enviar apenas um longa-metragem para concorrer na categoria internacional. O filme precisa ter mais de 40 minutos, ser produzido fora dos Estados Unidos e ter pelo menos 50% do áudio original em idioma que não seja inglês.

No Brasil, a seleção é feita por um comitê formado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, que reúne 25 membros, metade deles artistas ou especialistas da área. Além disso, o filme não pode ter sido exibido em TV ou streaming antes do lançamento nos cinemas, onde precisa ficar em cartaz por pelo menos sete dias consecutivos.

Próximos passos rumo ao Oscar

Após o anúncio, a Academia Brasileira inscreve oficialmente o filme junto à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A partir daí, “O Agente Secreto” participará da primeira rodada de votação, em que os membros da Academia assistem a uma seleção de filmes e elegem os 15 mais votados, que compõem a lista de pré-indicados divulgada em dezembro.

Em seguida, uma nova rodada de votação define os finalistas que concorrerão à estatueta de Melhor Filme Internacional. Para aumentar as chances de ser lembrado, o longa precisará de uma estratégia consistente de divulgação internacional, garantindo que seja visto por um número expressivo de votantes, algo considerado crucial para avançar na disputa.

Com sua história impactante, direção premiada e atuação de destaque, “O Agente Secreto” inicia agora a maratona para conquistar um lugar entre os indicados ao Oscar 2026 e, quem sabe, trazer a estatueta para o Brasil.

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