O Natal de 2025 será diferente para a família de Virginia Fonseca, de 26 anos, e Zé Felipe, de 27. Pela primeira vez desde o nascimento dos filhos, as crianças não passarão a data com os pais juntos. A separação, anunciada em maio deste ano, marca uma nova fase na vida da influencer e do cantor – e também na dinâmica familiar.
Os dois – que já refizeram suas vidas sentimentais depois do término – estão em Goiânia com seus atuais parceiros. Enquanto Virginia tem compartilhado momentos ao lado do namorado, o jogador Vini Jr., de 25 anos, na mansão onde mora com Maria Alice, de 4 anos, Maria Flor, de 3, e José Leonardo, de 1, Zé Felipe também tem postado sua rotina com a namorada, Ana Castela, de 22, nas redes. A boiadeira já até foi à casa do sogro, o cantor Leonardo, de 62, acompanhada da família, nessa segunda-feira (22).
Em meio a tantas mudanças, como ficam as crianças?
Situações como essa são cada vez mais comuns, mas costumam despertar dúvidas e inseguranças, principalmente quando envolvem crianças pequenas e datas simbólicas como o Natal. Para entender como os pais podem lidar com esse momento de forma saudável e sem traumas, a Quem conversou com a psicóloga Alice Araujo.
Segundo a profissional, o mais importante é lembrar que o sofrimento não está na separação em si, mas na forma como ela é conduzida. “A criança não precisa que os pais estejam juntos, ela precisa que os pais estejam bem e emocionalmente disponíveis”, explica Alice.
Comunicação clara e sem conflitos
De acordo com a psicóloga, o primeiro passo é ter uma conversa clara, adequada à idade da criança, explicando que o Natal será vivido de forma diferente — mas continuará sendo um momento de amor, cuidado e celebração. “Evitar conflitos, críticas ou disputas na frente dos filhos é essencial. Datas comemorativas potencializam emoções, então o clima precisa ser de segurança”, afirma.
Criar novos rituais também acolhe
Alice destaca que criar novos rituais pode ser uma estratégia positiva. Um almoço em um dia, a ceia em outro, ou até pequenas tradições exclusivas com cada genitor ajudam a criança a entender que o afeto continua presente. “Não é sobre repetir o Natal antigo, mas construir um novo, que faça sentido para a nova configuração familiar”, diz.
Nada de culpa ou compensações excessivas
Outro ponto importante é evitar o excesso de presentes ou permissões como forma de compensação. “Quando o adulto age movido pela culpa, a criança percebe. O que realmente acolhe é a presença emocional, não o exagero material”, reforça a psicóloga.
Respeitar sentimentos e validar emoções
Se a criança demonstrar tristeza ou saudade, o ideal é acolher, sem minimizar ou tentar “corrigir” o sentimento. “Frases como ‘vai ficar tudo bem’ podem ser substituídas por ‘eu entendo que você esteja sentindo isso, estou aqui com você’”, orienta Alice.
Amor em dois lares continua sendo amor
Para a especialista, o Natal pode, sim, ser um momento de fortalecimento emocional, mesmo após a separação. “Quando os pais conseguem cooperar, manter o respeito e colocar o bem-estar dos filhos no centro, a criança aprende que o amor não acabou — ele apenas mudou de forma.”
