Com risco de desabamento, Justiça determina interdição imediata da Capela da Piedade em Itaparica

Com risco de desabamento, Justiça determina interdição imediata da Capela da Piedade em Itaparica

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Reprodução/Instagram

Publicado em 18/12/2025 às 10:56 / Leia em 2 minutos

A Capela Nossa Senhora da Piedade, situada no centro histórico de Itaparica, terá suas portas fechadas por força de lei. A Justiça da Bahia deferiu uma liminar determinando a interdição imediata do imóvel, atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado (MPBA). A decisão aponta que o templo encontra-se em estado precário de conservação, com risco iminente de desabamento.

A ação civil pública foi movida na última terça-feira (16) contra o Município e a Arquidiocese de São Salvador. Segundo as promotoras de Justiça Ítala Maria Braga e Eduvirges Ribeiro Tavares, inspeções técnicas confirmaram a deterioração avançada do patrimônio.

Levantamentos feitos pela Central de Apoio Técnico do MPBA (Ceat) e pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural (Nudephac) traçaram um cenário alarmante para a capela, construída originalmente em 1854 e reconstruída em 1923.

Os peritos identificaram desaprumo (inclinação) nas paredes laterais, danos severos nas estruturas do coro e do mezanino, infiltrações ativas e ataque generalizado de cupins. O conjunto de problemas indica a possibilidade real de colapso parcial ou total da edificação.

Prazos e obrigações

Diante da gravidade, a Justiça estipulou um prazo máximo de 15 dias para que a Arquidiocese e a Prefeitura executem medidas de contenção. As obras emergenciais obrigatórias incluem:

  • Escoramento das paredes laterais;
  • Vedação provisória da cobertura (telhado);
  • Limpeza geral do interior;
  • Descupinização da estrutura.

Na ação, o MPBA sustenta que os responsáveis tinham conhecimento da degradação do bem, que é de propriedade da Igreja e considerado Patrimônio Histórico e Cultural do Município, mas não agiram para preservá-lo.

As promotoras solicitam ainda que, ao final do processo, os réus sejam condenados a apresentar e executar um projeto completo de restauração do imóvel.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia