A Academia de Letras da Bahia (ALB) entregou, na noite desta terça-feira (16), a obra de restauro das portas e janelas do Palacete Góes Calmon, imóvel histórico onde está sediada a instituição, em Salvador. A cerimônia contou com a presença do secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro, do presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, além de acadêmicos e representantes de instituições parceiras.
Iniciado em maio deste ano, o trabalho restaurou mais de 100 portas, janelas e esquadrias, além de gradis e vitrais, contribuindo para a preservação e segurança do prédio. Monumento histórico nacional, o Palacete Góes Calmon está em processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e pela Fundação Gregório de Mattos (FGM).
Antiga residência da família Góes Calmon e primeira sede do Museu de Arte da Bahia, o imóvel abriga hoje um importante acervo documental e bibliográfico. “O Palacete Góes Calmon é um patrimônio histórico, artístico e cultural do nosso país, e um lugar de referência da memória baiana”, afirmou o presidente da ALB, Aleilton Fonseca.

Academia de Letras da Bahia entrega obra de restauro do Palacete Góes Calmon
Para o secretário Bruno Monteiro, o restauro representa mais um passo na preservação do patrimônio cultural. “É um motivo de satisfação celebrar essa nova etapa da Academia de Letras da Bahia e do Palacete Góes Calmon, que guarda parte fundamental da nossa história”, destacou. Fernando Guerreiro reforçou a importância da parceria entre poder público e instituições culturais.
Desde 1983, o Palacete é sede da Academia de Letras da Bahia, uma das mais antigas instituições culturais do Brasil, fundada em 1917. Além do restauro, o projeto “Conservação e Restauro do Palácio Góes Calmon – Etapa 1” inclui ações de educação patrimonial, como a publicação de um livro sobre a história do imóvel e visitas guiadas acessíveis para escolas e universidades.

Academia de Letras da Bahia entrega obra de restauro do Palacete Góes Calmon
O projeto é realizado pela ALB e pelo Ministério da Cultura, com patrocínio do grupo CAIXA Seguridade, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Os trabalhos foram coordenados pelo arquiteto restaurador Antônio Pedro de Paula Calazans, seguindo critérios de preservação da tipologia original das esquadrias em madeira de lei, com reaproveitamento de ferragens sempre que possível.