O Museu de Arte da Bahia (MAB) inaugura, nesta quinta-feira (18), a partir das 18h, três exposições de longa duração que marcam uma nova fase do espaço. As mostras Tradição e Invenção, A Arte de Presciliano Silva e A Pintura de Manoel Lopes Rodrigues apontam para um novo olhar do museu sobre o próprio acervo e sobre o público.
A mudança nasce da avaliação de que as antigas exposições não representavam a diversidade da Bahia. Agora, o objetivo é ampliar as narrativas e dar visibilidade a personagens historicamente invisibilizados, entre eles artesãos, trabalhadores e artistas marginalizados.
“O MAB não pode ser apenas um espaço de contemplação da elite. Ele precisa refletir as múltiplas Bahias que nos constituem”, afirma a historiadora e mestre em museologia Camila Guerreiro, integrante da Comissão Curatorial do Acervo.
O diretor do MAB, Pola Ribeiro, destaca que a revisão é fruto de uma reflexão sobre o papel dos museus atualmente: “estamos nos abrindo para novas frentes, furando bolhas, aproximando o público tradicional do MAB e também aqueles que antes não se reconheciam aqui”.
A nova curadoria propõe ainda uma leitura mais crítica das obras e aproxima o acervo de debates atuais, especialmente no que diz respeito à representatividade étnica e o protagonismo de mulheres artistas, valorizando os diferentes contextos e significados presentes na coleção.
