A convite da ONU, fotógrafo baiano realiza exposição na Europa; confira os detalhes

A convite da ONU, fotógrafo baiano realiza exposição na Europa; confira os detalhes

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Divulgação

Publicado em 16/12/2025 às 20:26 / Leia em 2 minutos

A série fotográfica “Orixás” (2014), de autoria do baiano André Fernandes, atravessará o Oceano Atlântico no próximo ano a convite da Organização das Nações Unidas (ONU). O trabalho, que retrata a ancestralidade de matriz africana, fará parte de uma exposição na Europa prevista para agosto de 2026.

A mostra será realizada ao ar livre, às margens do lago Quai Wilson, em Genebra. O evento reunirá obras dos laureados no Concurso Internacional para Artistas de Minorias, contemplando os vencedores das edições entre 2022 e 2025.

Fernandes garantiu seu lugar no cenário internacional ao ser o único brasileiro reconhecido durante a 17ª sessão do Fórum das Nações Unidas para Minorias, ligado ao Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACNUDH).

Antes de desembarcar no “Velho Continente”, o acervo encontra-se disponível para visitação em Assunção, no Paraguai. A exposição “Candomblé” ocupa o Instituto Guimarães Rosa desde novembro de 2025 e segue em cartaz até março de 2026.

A galeria apresenta as 15 imagens da série original premiada, além da coleção inédita “Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá” (2025), que soma 16 novas fotografias. O espaço tem atraído turistas e moradores interessados nos ritos e na memória cultural afro-brasileira.

O trabalho de André Fernandes é fruto de uma imersão no terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador, realizada sob o olhar do Babalorixá Indarê Sá. A série busca combater a intolerância religiosa e preservar símbolos sagrados. As lentes capturaram representações de Exu, Ogum, Oxóssi, Logunedé, Obaluaê, Ossain, Oxumarê, Nanã, Oxum, Obá, Ewá, Iansã, Yemanjá, Xangô e Oxalá.

Segundo o fotógrafo, a circulação internacional das imagens reforça o caráter universal da ancestralidade. “Expor esse trabalho fora do Brasil é reafirmar que nossa ancestralidade não conhece fronteiras. Cada fotografia carrega a responsabilidade de traduzir em imagem aquilo que se sente, antes de se ver”, afirmou em nota.

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