Jovem de Sergipe recebe R$ 540 mil de bilionário para largar universidade nos EUA; entenda

Jovem de Sergipe recebe R$ 540 mil de bilionário para largar universidade nos EUA; entenda

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Divulgação

Publicado em 15/12/2025 às 19:34 / Leia em 3 minutos

Trocar o prestígio de um diploma em Stanford por um cheque de US$ 100 mil (cerca de R$ 540 mil) e a chance de empreender. Essa foi a escolha de Felipe Meneses, natural de Aracaju (SE), o primeiro brasileiro a ingressar no Thiel Fellowship.

Criado em 2011 pelo investidor bilionário Peter Thiel, o programa seleciona jovens talentos com uma regra inegociável: abandonar a vida acadêmica para se dedicar integralmente aos seus projetos.

Selecionado em março de 2024, Meneses está na reta final de sua participação na iniciativa. Em entrevista à Forbes Brasil, ele reconheceu que seu perfil fugia do padrão usual dos escolhidos.

“Eu era um brasileiro construindo algo a partir do Brasil, um caminho bem diferente do perfil típico de quem costuma receber essa oportunidade. Mas a empresa estava voando, e isso chamou a atenção deles”, explicou.

O sergipano ingressou no curso de ciência da computação em Stanford, na Califórnia, em 2018. No entanto, o chamado do mercado falou mais alto. Em 2022, ele deixou a sala de aula para cofundar a Hyperplane, startup focada em inteligência artificial para o setor bancário.

O negócio prosperou rapidamente, levantando US$ 6 milhões em investimentos no primeiro ano e sendo adquirido pelo Nubank em junho de 2024.

Para Meneses, o valor financeiro da bolsa é secundário perto do networking oferecido. “O auxílio financeiro te dá liberdade para não se preocupar com dinheiro, mas a comunidade e o nível de excelência são muito mais relevantes”, disse ele à reportagem da revista, destacando ainda a mudança de mentalidade proporcionada pelo grupo: “A bolsa me permitiu acreditar que é possível ter ambições gigantes, e que elas podem ser construídas se você tiver clareza do passo a passo”.

Foto: Divulgação/Hyperplane

A veia empreendedora surgiu cedo, vendendo capas de celular aos 12 anos em Aracaju após um empréstimo de R$ 17 com o pai. Após passar pelo IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e migrar para o Vale do Silício, foi durante a pandemia, ao retornar para Sergipe, que ele percebeu o abismo tecnológico.

“Lá fora, você vê carros autônomos, máquinas que falam, edição genética, 5G, tudo parece futurista. E aí você volta para casa e não vê nada disso. Por isso quis criar algo aqui”, relatou o empresário à publicação.

Após a venda da Hyperplane, Meneses deixou a operação há três meses e se uniu a Vitor Olivier, ex-CTO do Nubank, para um novo empreendimento focado em IA. Aos que desejam seguir caminhos semelhantes, ele deixa um conselho na Forbes: “Se você tem um problema muito relevante para a sociedade, é obcecado por ele e acredita que está unicamente posicionado para resolvê-lo, você precisa ir lá e resolver”.

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