O Brasil bateu recorde na abertura de micro e pequenas empresas (MPEs) em 2025, impulsionado principalmente pelos Microempreendedores Individuais (MEIs). Entre janeiro e setembro, foram criados 3,87 milhões de novos negócios no país, um crescimento de 18,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na Bahia, o avanço foi ainda mais expressivo: 153,2 mil novas empresas foram abertas, o que representa alta de 24,6% — o quinto maior crescimento entre os estados brasileiros.
De acordo com Robinson Kokeny, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Nordeste, as MPEs têm papel central no desenvolvimento econômico da região. “As micro e pequenas empresas representam cerca de 99% do total de empresas no Nordeste e são motores essenciais para o desenvolvimento local e regional”, afirma.
O crescimento do número de empresas também reflete a ampliação do crédito destinado ao setor. Segundo Kokeny, a atuação conjunta com entidades como o Sebrae e associações comerciais, além da adesão ao Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), tem contribuído para facilitar o acesso ao financiamento. A instituição também vem ampliando parcerias para a distribuição de recursos das linhas do BNDES, voltadas ao financiamento de equipamentos, máquinas e projetos para MPEs.
Para 2026, a expectativa é de continuidade do avanço dos pequenos negócios, embora com cautela. A projeção de início do ciclo de queda da taxa Selic, atualmente em 15%, pode favorecer a redução do custo do crédito e beneficiar o setor. “O crescimento saudável dos pequenos negócios é fundamental para a economia, especialmente no Nordeste, tanto pela geração de empregos quanto pelo impacto social”, conclui.
