A nova temporada de Emily in Paris estreia nesta quinta-feira, dia 18, na Netflix — e chega com uma promessa clara: mexer na fórmula sem abandonar o conforto do “guilty pleasure” que a série virou. Depois de quatro temporadas transformando crise profissional em passeio fotogênico, o próximo capítulo aposta em mudança de ares, mais tensão no trabalho e um romantismo que tenta amadurecer junto com a protagonista.
Para quem gosta do pacote completo (drama leve, humor, figurinos comentáveis e paisagens que parecem filtro pronto), a 5ª temporada deve ser aquela maratona fácil: são 10 episódios lançados de uma vez, com ritmo ágil e ganchos pensados para “só mais um”.
Roma no centro do mapa e Paris como memória afetiva
A grande novidade é geográfica e narrativa: a série amplia o “cartão-postal” e leva Emily para uma rotina mais italiana, sem apagar Paris do horizonte. Isso muda o tempero das situações — do jeito de trabalhar à etiqueta social — e dá à temporada uma energia de recomeço, com a protagonista testando novos limites (e novos códigos) fora do ambiente que ela já dominava.
O resultado tende a ser uma temporada mais “de estrada”, em que a personagem precisa provar seu valor em outro cenário, com novas alianças, novas disputas e a sensação constante de estar começando do zero — o motor dramático que a série sabe usar bem.
Trabalho, status e a pressão de liderar
Se antes a graça vinha do choque cultural e da Emily tentando se encaixar, agora o conflito se desloca para a responsabilidade: a série indica um passo adiante na carreira e, com ele, decisões que custam caro quando dão errado. A expectativa é de uma temporada mais centrada em consequências — ainda que embaladas pelo tom de comédia romântica —, com embates de vaidade, poder e reputação dentro do universo da moda e do marketing de luxo.
E aqui a direção de Darren Star costuma acertar: transformar reuniões, eventos e campanhas em arenas emocionais. Em outras palavras, trabalho continua sendo romance por outros meios.
Romance em fase de “adulto complicado”
A 5ª temporada deve insistir menos em paixão instantânea e mais em escolhas: quem fica, quem vai, quem reaparece e o que a Emily realmente quer quando a vida deixa de ser só novidade. A série vive desse balanço entre fantasia e desconforto — e, ao que tudo indica, a protagonista será colocada em situações em que charme não resolve tudo.
Sem entrar em detalhes que estraguem a experiência, espere um jogo emocional mais estratégico: relações que precisam ser renegociadas, ruídos de comunicação virando tempestade e aquela sensação de que o coração da Emily é um setor tão agitado quanto a agenda dela.
Moda como narrativa: mais ousadia e influência italiana
Em Emily in Paris, figurino nunca é só estética: é comentário, persona e humor visual. A nova temporada parece dobrar a aposta em escolhas mais “statement”, com um toque de cinema italiano no imaginário e uma paleta mais intensa, sem perder a teatralidade que virou assinatura da série.
Para fãs, isso significa duas coisas: looks ainda mais conversáveis e uma integração maior entre roupa e arco dramático — quando a Emily muda por dentro, a série costuma fazer a mudança aparecer por fora também.
Elenco de volta e novos personagens para chacoalhar a dinâmica
O elenco principal retorna com Lily Collins, Philippine Leroy-Beaulieu, Ashley Park e companhia, preservando a química que sustenta a série mesmo quando a trama abraça o exagero. Ao mesmo tempo, a temporada introduz novas figuras que prometem mexer no ecossistema social e profissional da história — incluindo participações de nomes como Minnie Driver, Bryan Greenberg e Michèle Laroque, ampliando o alcance do elenco e, provavelmente, criando novos atritos e alianças.
Na prática, é o tipo de reforço que Emily in Paris usa para renovar conflitos sem reinventar o DNA: entra gente nova, mudam as regras do jogo, mas o prazer segue sendo ver Emily improvisar (às vezes mal) e sair andando como se fosse um editorial.
A 5ª temporada oferece o que a série tem de melhor em um cenário novo, com mais pressão no trabalho, relações mais instáveis e uma vitrine de moda ainda mais chamativa. Se você curte comédia romântica com glamour, ritmo de maratona e um toque de “drama de vitrine”, o dia 18 tem tudo para virar date com a Netflix.
![Jorge e Mateus negam separação e reforçam: “É [só] uma pausa”](https://aloalobahia.com/wp-content/uploads/2024/12/jorgeemateus_1-360x360.jpg "Jorge e Mateus negam separação e reforçam: “É [só] uma pausa”")
