O governo Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (10) que pretende exigir que turistas de países isentos de visto forneçam o histórico completo das redes sociais utilizadas nos últimos cinco anos para entrar nos Estados Unidos.
A proposta, publicada no Diário Oficial Federal, também prevê o envio de números de telefone do mesmo período, e-mails dos últimos dez anos e dados biométricos adicionais, incluindo foto facial, impressões digitais e leitura da íris.
A medida afetaria viajantes de 42 países cujos cidadãos não precisam de visto para entrar nos Estados Unidos. A lista inclui países como Chile (o único país latino-americano na lista), França, Reino Unido e Japão.
Segundo o aviso publicado pelo governo, as mudanças seriam incorporadas ao formulário do Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem (Esta) e respondem a uma ordem executiva assinada por Trump no primeiro dia do novo mandato. Na ordem, o presidente determina medidas que garantam que visitantes “não tenham atitudes hostis em relação aos seus cidadãos, cultura, governo, instituições ou princípios fundadores”.
Conforme a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras, a recusa não é proibida, mas pode resultar em barramento. Em 2024, a agência informou ter examinado cerca de 47 mil dispositivos entre os 420 milhões de viajantes que cruzaram a fronteira.
As novas regras podem complicar a movimentação de turistas durante a Copa do Mundo do ano que vem, que terá os EUA como país-sede. A expectativa é de 5 milhões de torcedores nos estádios, além de milhões de visitantes circulando pelos país.
